Durante uma semana marcada por derrotas sucessivas do governo no Congresso e críticas direcionadas a ministros, juntamente com a diminuição de suas atribuições, Fernando Haddad testemunhou a aprovação folgada, no plenário da Câmara dos Deputados, do projeto do novo arcabouço fiscal.
De acordo com o GLOBO, à frente do Ministério da Fazenda, Haddad tem demonstrado maior flexibilidade. Ele abandonou antigas ideias, como a proposta de uma reforma bancária apresentada durante a campanha presidencial de 2018, e conseguiu se aproximar do mercado financeiro.
Na quarta-feira, Haddad recebeu um alerta de que o partido União Brasil, que faz parte da base aliada e indicou três ministros, iria apoiar uma proposta do PL, partido de Jair Bolsonaro. Essa proposta visava limitar o crescimento das despesas em 2024. Essa situação gerou uma crise no gabinete. O texto principal do arcabouço fiscal já havia sido aprovado na noite anterior, restando apenas a analise dos destaques apresentados pela oposição.
Caso a proposta de acréscimo fosse aprovada, o ministério previa um cenário de colapso nas áreas de saúde e educação no próximo ano, além da interrupção de obras em todo o país. Diante do risco iminente de um revés, Haddad agiu rapidamente e começou a fazer ligações para seus aliados mais próximos no Legislativo, com quem estabeleceu uma relação mais estreita nos últimos meses de intensa articulação.
Com o apoio expressivo do PP e do Republicanos, que são partidos que não fazem parte da base aliada do governo, o governo conseguiu garantir 309 votos e bloquear a iniciativa. Isso foi fundamental para impedir que a proposta avançasse.
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