O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo investigado por ter se recusado a devolver documentos confidenciais do governo após sua derrota nas eleições de 2020. Segundo o portal Bloomberg, o procurador Jack Smith, encarregado pelo caso, deve anunciar possíveis acusações criminais depois da próxima segunda-feira (29).
Caso seja condenado, as penas que podem recair sobre Trump são significativas. Promotores envolvidos no caso dizem que as punições podem chegar a até 20 anos de prisão. No entanto, há certa discordância com relação ao tamanho das penas e se elas se aplicam ao caso do ex-presidente, segundo juristas também envolvidos no caso.
Um assessor de Trump abordado pelo Bloomberg não quis comentar sobre a investigação, apenas reforçou que já requisitou uma reunião com o procurador-geral Garland para falar sobre o assunto. “Nós solicitamos uma reunião com o procurador Garland para que possamos argumentar sobre a maneira irregular que a investigação está sendo conduzida.”, declarou o assessor.
Donald Trump, também se manifestou a favor de um encontro com o Procurador através de uma carta postada em suas redes sociais. Segundo Peter Zeindenberg, ex-promotor de integridade pública do Departamento de Justiça dos EUA, a atitude de Trump “não foi um esforço legal sério”.
Jack Smith, atual encarregado pelas investigações, foi indicado por Garland para a função. Smith, assim que finalizar seu trabalho, irá submeter um relatório ao procurador-geral, que pode decidir se o tornará público ou não.
Além do processo acerca da não devolução dos documentos, Trump também é alvo de outra investigação paralela. O ex-presidente estadunidense é suspeito de ter organizado, junto de aliados, um esquema para fraudar as eleições de 2020, segundo fontes do Bloomberg.
Trump, que arrecadou cerca de US$ 15,4 milhões em campanha de financiamento coletivo após ser indiciado em março por abuso sexual, pode repetir a estratégia para pagar as multas, caso seja condenado no processo dos documentos não devolvidos.
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