O ministro da Fazenda Fernando Haddad faria uma visita diplomática à China nos dias 30 e 31 deste mês. No local, o ministro pretendia negociar ajuda financeira à Argentina em reuniões com a presidente do Banco dos Brics (NBD), a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, e com outros ministros de Finanças dos Brics. Porém, a viagem foi cancelada pelo novo marco fiscal ser prioridade na agenda do governo.
A decisão, conforme antecipado pelo Broadcast e confirmado pelo Metrópoles, foi impulsionada pelas intensas articulações visando garantir votos favoráveis à aprovação do novo marco fiscal no Congresso.
Após ser aprovado pela Câmara dos Deputados durante esta semana, o projeto chegou ao Senado Federal nesta quinta-feira (25). A oposição está buscando encaminhar o texto para análise nas comissões temáticas antes de levá-lo ao plenário, o que pode resultar em atrasos na tramitação.
O novo marco fiscal busca substituir o teto de gastos como mecanismo de controle das contas públicas. Além de estabelecer que o crescimento das despesas esteja condicionado ao aumento das receitas, a proposta visa eliminar o déficit já em 2024, propondo um piso para os investimentos públicos e condicionando-os. As modificações realizadas pelos deputados federais no texto original tornaram as regras ainda mais rigorosas.