O Ministério da Fazenda está estudando, de acordo com a CNN, uma mudança em medidas contábeis que podem chegar a destravar até R$ 30 bilhões em investimentos em créditos de empresas do setor privado. Os investimentos aconteceriam por meio de mudanças na velocidade com a qual as empresas podem depreciar ativos, como máquinas e equipamentos.
No balanço das empresas, os ativos — como as máquinas — sofrem depreciação de seu valor com tempo e uso. Esse processo é representado como uma despesa contábil ao longo dos anos de vida útil do equipamento.
Se esse processo for acelerado, as despesas contábeis aumentam no curto prazo. Isso, na prática, vai reduzir o lucro das companhias que, por consequência, irão pagar menos impostos, aumentando o lucro no curto prazo. Por isso, essa depreciação acelerada é alvo de estudo da equipe econômica do governo e é vista como uma possibilidade de incentivar o investimento em meio aos juros altos.
Alguns cálculos mencionam que a aceleração tem o potencial de elevar o Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5% a 1% como efeito de até R$ 30 bilhões em investimentos.
Esses recursos poderiam gerar de 250 mil a 500 mil empregos diretos e indiretos. Os números dependem de como seria feita essa depreciação acelerada dos ativos.
No governo, a escolha sobre como pode ser adotado esse programa bate de frente com a necessidade de aumento da arrecadação de impostos. Acelerar a depreciação significa que empresas beneficiadas pagarão valores menores à Receita Federal no curto prazo.