Em visita à Amazônia, o ministro das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido, James Cleverly, liberou um aporte de 2 milhões de libras, R$ 12,3 milhões nesta terça-feira (23).
A ministra de Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI), Luciana Santos acompanhou a visita do chanceler britânico no projeto AmazonFace, a cerca de 80km ao norte de Manaus. Ela anunciou a liberação de R$ 32 milhões – assegurados e aprovados pelo governo federal – para o projeto, totalizando R$ 77 milhões já investidos pelos dois países.
O AmazonFace é, atualmente, o principal projeto de cooperação científica entre o Brasil e o Reino Unido. O programa de pesquisa do MCTI tem o objetivo de desenvolver ciência para e sobre a Amazônia e responder a questão “Como as mudanças climáticas afetarão a Floresta Amazônica, a biodiversidade que abriga e os serviços ecossistêmicos que ela fornece à humanidade?”
Para isso, o projeto analisa dados e realiza experimentos que avaliam a reação da floresta com o aumento de concentração de CO2, a fim de medir a resiliência da fauna e flora e entender o papel dela dentro do contexto das mudanças climáticas.
Com o intuito de medir o avanço da poluição e do aquecimento global, torres de 16 metros vão borrifar ar enriquecido com CO2 sobre áreas controladas da mata durante uma década. Serão avaliados os fenômenos de “fertilização de carbono”, referente à possível absorção de CO2 pelas árvores conforme o volume desse gás aumenta na atmosfera, e a “transpiração das plantas”, que é menor quando há mais concentração do elemento. Essas mudanças podem impactar nas chuvas da região.
Segundo as informações do governo, as medidas são gestos de fortalecimento entre o Brasil e o Reino Unido acerca da agenda climática e o cumprimento dos objetivos globais para proteção do clima e meio ambiente.
“O AmazonFACE é um projeto que materializa a capacidade de excelência da ciência brasileira de prover evidências científicas e contribuir com o combate às mudanças climáticas. É essa competência que nos coloca como potência científica na América Latina e nos coloca como um importante elo na construção das relações internacionais do Brasil”, disse a ministra Luciana Santos.
James Cleverly afirmou estar feliz em ser o primeiro chanceler a visitar o país depois de tantos anos. Para ele, a viagem é uma oportunidade de renovar e fortalecer os laços, além de compartilhar os valores mútuos de liberdade, democracia e preocupação com o planeta. “Nossa parceria para o Crescimento Verde e Inclusivo é um símbolo das muitas áreas em que o Reino Unido e o Brasil podem cooperar para o benefício dos nossos povos e do mundo inteiro”, afirmou o ministro.
O projeto é coordenado pelo ecólogo David Lapola, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e por Carlos Alberto Quesada, do Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (INPA). Os investimentos brasileiros foram feitos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o Reino Unido já deu o apoio financeiro de 7,3 milhões de libras (R$ 45 milhões) no total.
Saulo
24/05/2023 - 11h52
O investimento é ridículo mas o dia que nessas pesquisas acharem algo de interessante para eles o Brasil roda como sempre.