Nesta quarta-feira, 24, a Petrobras anunciou em nota enviada a imprensa que vai recorrer da decisão do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) que vetou a exploração de petróleo no Foz do Amazonas. O Ibama juntamente com o Ministério do Meio Ambiente apontam danos ambientais com a atividade exploratória da estatal.
Leia a íntegra da nota!
A Petrobras vai protocolar, ainda nesta semana, pedido ao Ibama de reconsideração da decisão de indeferimento da licença ambiental para perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá, de acordo com procedimento previsto na regulação. A informação foi confirmada após reunião, nesta terça-feira (23/05), na Casa Civil com representantes dos ministérios de Meio Ambiente (MMA) e Minas e Energia (MME) e do Ibama, quando foram tratadas as ações necessárias para atender aos questionamentos do órgão ambiental.
A companhia defende que atendeu além dos requisitos previstos na legislação de referência ao processo de licitação do bloco FZA-M-059 e que cumpriu todas as exigências técnicas demandadas pelo Ibama para o projeto. A estrutura de resposta a emergência proposta pela companhia é a maior do país. Ainda assim, a Petrobras se prontifica a atender demandas adicionais porventura remanescentes.
É importante frisar que a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) é um instrumento de política sob responsabilidade compartilhada do MMA e do MME, de acordo com a portaria interministerial no 198/2012.
O bloco FZA-M-59, objeto do licenciamento ambiental em questão, foi adquirido na 11a Rodada de Licitações da ANP, realizada em maio de 2013. Na ocasião, o processo de outorga dos blocos ofertados foi subsidiado por pareceres do GT PEG- Grupo de Trabalho que contou com Ibama, ICMBIO e MMA, e considerou que o bloco FZA-M-59 estava apto a ser ofertado e licenciado, o que leva a concluir que os desafios sinalizados eram todos tecnicamente superáveis.
A ampliação do atendimento à fauna pela base de Oiapoque se junta à proposta apresentada anteriormente que já incluía mais de 100 profissionais dedicados à proteção animal. Foram oferecidas 12 embarcações, sendo duas de prontidão ao lado da sonda para atuação em resposta a emergência e outras duas embarcações para atendimento de fauna com profissionais veterinários e equipadas com contêiners climatizados e equipamentos para estabilização de animais, todas permanentemente dedicadas à operação, que está prevista para durar cinco meses.
Além das embarcações, a Petrobras já comprometeu outros recursos, tais como cinco aeronaves que podem ser usadas para monitoramento e resgate, além de unidades de recepção de fauna. Essa estrutura de resposta a emergência é a maior dimensionada pela empresa no país, maior inclusive do que as existentes nas Bacias de Campos e Santos.
Reconhecida por sua capacidade técnica e pelo rigor na segurança de suas operações, nunca tendo registrado vazamento de óleo em operações de perfuração, a Petrobras se compromete a adotar as melhores práticas nas atividades de exploração e produção na Margem Equatorial brasileira, num modelo de vanguarda tecnológica que supera todos os projetos já realizados pela empresa, alinhadas com as novas diretrizes da companhia, com foco nas pessoas e prioridade para a sustentabilidade.
A empresa reitera que se colocou à disposição para receber e atender todas as novas solicitações do Ibama. Caso se confirme o indeferimento da licença, a sonda e os demais recursos mobilizados na região do bloco FZA-M-59 serão direcionados para atividades da companhia nas bacias da Região Sudeste.
EdsonLuíz.
24/05/2023 - 11h30
Um acidente em um único poço e a qualque tempo —pode ser um acidente que ocorra daqui a 40 anos, 80 anos, quando já não mais houver exploração de petróleo no mar e um escapamento de petróleo ocorrer em um poço lacrado
— DESTRÓI toda a foz do rio Amazonas e rapidamente se espalha e destrói um bom pedaço de todo o litoral. Dependendo de correntes marítimas, a lambança vai parar na África e na Europa.
Essa é a preocupação dos ambientalistas!
▪A decisão sobre esta exploração não é necessariamente impossível, mas é uma decisão que tem que ser ABSOLUTAMENTE TÉCNICA!
Nós, toda a sociedade, nestas questões temos que valorizar a ciência, a técnica e a consciência dos ambientalistas, não o interesse por lucro a qualquer preço e os interesses de demagogos e populistas.
Nas questões ambientais, é como nas questões ligadas ao Banco Central, as decisões NÃO PODEM ser contaminadas nem um milímetro pela política. Nenhuma decisão de autorização de exploração econômica na área ambiental e nenhuma decisão no Banco Central podem ser DECISÕES CLOROQUÍNICAS!
Marcosomag
24/05/2023 - 09h54
Marina Silva é da Open Society.