O partido do deputado cassado Deltan Dallagnol, o Podemos, optou por não empreender esforços para reverter a cassação do ex-deputado. Segundo o Metrópoles, apesar de inicialmente a cúpula do partido ter anunciado uma reação à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concluíram que essa estratégia apenas prejudicaria ainda mais a imagem da legenda.
A decisão do partido foi fundamentada em dois motivos principais. O primeiro é que, mesmo o ministro Kassio Nunes Marques, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ex-presidente Bolsonaro, votou a favor da cassação do mandato de Deltan.
Além disso, a decisão do TSE foi unânime, o que derruba a ideia de que o julgamento foi apoiado apenas pela ala do tribunal alinhada ao governo Lula.
O segundo motivo é que até mesmo o senador Sergio Moro evitou defender seu aliado. O ex-juiz da Lava Jato ignorou atos públicos de apoio ao ex-promotor, inclusive em Curitiba. Essa distância surpreende, considerando que ambos fizeram campanha um pelo outro durante as eleições. Durante a Lava Jato, eles também foram acusados de combinar decisões judiciais, o que é proibido.
Na Câmara, é amplamente considerado que as chances de Deltan conseguir reverter ou prolongar sua cassação são praticamente nulas.