Durante declaração à imprensa nesta segunda-feira (22), após participar do G7, o presidente Lula afirmou que continua com a mesma postura em relação à guerra na Ucrânia. O chefe de Estado também afirmou que o tema deveria ser tratado pelo Conselho de Segurança da ONU.
A guerra no país europeu foi um dos temas tratados no encontro, que teve a participação de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia. Aos jornalistas, Lula também disse que está tentando construir um bloco para a política de paz.
“Ouvi atentamente o discurso do Zelensky no encontro. Ele certamente ouviu o meu discurso atentamente no encontro. E eu continuo com a mesma posição que estava antes. Estou tentando com a Índia, a China, a Indonésia e outros países, construir um bloco para a política de paz no mundo. O mundo não está precisando de guerra, o mundo está precisando de paz, de tranquilidade, para o mundo voltar a crescer e distribuir riqueza para quem passa fome no mundo”, disse o presidente da República.
Bastante questionado pela imprensa sobre o tema, o presidente Lula disse que foi ao G7 para debater economia e questões climáticas, e criticou a falta de discussão no Conselho de Segurança da ONU que, segundo ele, seria o foro específico para tratar a guerra. O chefe de Estado também sugeriu, mais uma vez, uma reformulação no formato do Conselho.
“Eu disse no meu discurso que a discussão da guerra devia estar sendo feita na ONU. Eu sou presidente há cinco meses e nunca fui convidado para uma reunião na ONU para discutir a guerra. É na ONU que tem que ter. Por que o Conselho de Segurança não discute? Porque os que se envolvem na briga são membros. Então, não tem ninguém para discutir paz, porque estão todos envolvidos. São os membros do conselho que vendem armas, são os membros que fazem guerra. É preciso mudar a lógica de funcionamento das Nações Unidas”, afirmou Lula.