Nos últimos meses esta coluna se dedicou a cobrir o embate entre militares e civis pela segurança e inteligência do Brasil e da segurança da República. Porém, até o momento o foco das ações do chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estava na Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República (SESP) e o seu fim, sendo assim, onde ficariam as “ambições” envolvendo a inteligência e seus órgãos?
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Parece que agora esse “silêncio” sobre a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) tem explicação: circula nos corredores do Palácio do Planalto que Amaro está apostando que a Medida Provisória (MP) da reestruturação ministerial e que deu várias atribuições para o Rui Costa, Ministro da Casa Civil, irá cair. E segundo fontes, o general estaria trabalhando para que isso se realize.
Editada no início do governo a MPV 1154/2023 irá caducar na semana que vem no dia 1º de junho e caso ela caia, Amaro e os generais terão a ABIN sem muito esforço, buscando apenas garantir isso.
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Em abriu a coluna noticiou que os servidores da ABIN julgavam praticamente impossível ocorrer o retorno da agência ao GSI, na ocasião afirmaram que foram extremamente bem recebidos pelo Ministro da Casa Civil, Rui Costa e que esse acolhimento se traduziria na permanência da pasta longe do GSI.
O “boato” também corrobora outra a informação dada por esta coluna de que, segundo servidores do próprio GSI, Amaro estaria interessando em “capturar” a ABIN de volta para o GSI, na ocasião uma fonte do Palácio do Planalto afirmou acreditar que Amaro já considerava que teria convencido o presidente a tirar a ABIN da Casa Civil. Segundo a fonte, “como a segurança ainda está em disputa, ele resolveu bombardear”.
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O que ainda não está claro é se, caso a MP caia, Rui Costa irá brigar para manter a ABIN sob sua gestão ou abrirá mão dela e ainda há outra questão: o que fará Amaro, caso a MP não caia?
Até o momento o histórico recente do general não está ao seu favor, ficando conhecido no Palácio do Planalto como “aquele que atua pelas costas do presidente”.
Outra questão interessante é: dado o alarmante acervo de evidências dessa atuação “indevida” do general e sua permanência na pasta, será que ele realmente estaria atuando pelas costas do presidente?