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Brasil ganha Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza

Pavilhão brasileiro é destacado com o projeto Terra, dos curadores Gabriela de Matos e Paulo Tavares. É a primeira vez que o Brasil leva a distinção. Publicado em 20/05/2023 DW — O Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional na 18.ª Bienal de Arquitetura de Veneza foi atribuído neste sábado (20/05), na abertura do evento, […]

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Matteo de Mayda/Courtesy La Biennale di Venezia/ dpa/picture alliance

Pavilhão brasileiro é destacado com o projeto Terra, dos curadores Gabriela de Matos e Paulo Tavares. É a primeira vez que o Brasil leva a distinção.

Publicado em 20/05/2023

DW — O Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional na 18.ª Bienal de Arquitetura de Veneza foi atribuído neste sábado (20/05), na abertura do evento, ao Brasil, com o projeto Terra, dos curadores Gabriela de Matos e Paulo Tavares.

O júri afirmou que o prêmio foi dado ao Brasil “por uma exposição de pesquisa e intervenção arquitetônica que centraliza as filosofias e imaginários da população indígena e negra na procura de modos de reparação”.

“Muito obrigada, povos indígenas”, disse Matos, fazendo o agradecimento em português quando subiu ao palco para receber o prêmio, pela primeira vez entregue ao Brasil.

O Leão de Ouro foi entregue pelo ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, e pelo presidente da Bienal, Roberto Cicutto, no palácio Ca’ Giustinian, numa cerimônia que marcou a abertura da 18.ª Exposição Internacional de Arquitetura – Bienal de Veneza, que decorre na cidade italiana sob o tema O Laboratório do Futuro, com curadoria de Lesley Lokko.

O projeto Terra, no pavilhão do Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza – Foto: Matteo de Mayda/Courtesy La Biennale di Venezia/dpa/picture alliance

Tavares manifestou-se surpreso com o prêmio e disse que projeto Terra reflete o que se passa no Brasil, em particular com os povos indígenas, “num momento de reconstrução”, porque “são eles que mantêm a terra unida”.

“Trata-se de reparação, restituição, reconstrução. Trata-se de reconhecer outras formas de conhecimento, outras formas de arquitetura que, como dizemos no pavilhão, se tornaram centrais para enfrentar a crise climática global e podem-nos ensinar outra forma de relação com a terra”, declarou Tavares.

O Leão de Ouro de Melhor Participante foi para o estúdio de arquitetura Daar, de Alessandro Petti e de Sandi Hilal, pelo “compromisso de longa data com um profundo envolvimento político com práticas arquitetônicas e de aprendizagem da descolonização na Palestina e na Europa”.

O artista, designer e arquiteto nigeriano Demas Nwoko recebeu o Leão de Ouro por sua carreira.

A 18.ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza conta com pavilhões de 64 países. Além disso, 89 arquitetos e escritórios de arquitetura, a maioria da África e da diáspora africana, apresentam suas ideias e projetos. A bienal vai até 26 de novembro.

O júri internacional da exposição é composto por Ippolito Pestellini Laparelli (presidente, Itália), Nora Akawi (Palestina), Thelma Dourado (EUA), Tau Tavengwa (Zimbabué) e Izabela Wieczorek (Polônia).

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