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O compromisso ambiental de Lula na cúpula do G7

Neste sábado, 29, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou presença na sessão “Esforços compartilhados em prol de um planeta sustentável”, durante sua participação no encontro do G7, no Japão. Em seu discurso, o chefe de estado brasileiro destacou o compromisso que o seu governo tem na questão do combate aos crimes ambientais e […]

6 comentários
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Ricardo Stuckert

Neste sábado, 29, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou presença na sessão “Esforços compartilhados em prol de um planeta sustentável”, durante sua participação no encontro do G7, no Japão.

Em seu discurso, o chefe de estado brasileiro destacou o compromisso que o seu governo tem na questão do combate aos crimes ambientais e a promessa do Brasil zerar o desmatamento até 2030.

Leia a íntegra do discurso de Lula:

Quando o G7 foi criado, em 1975, a principal crise global girava em torno do petróleo. 48 anos depois, o mundo ainda não conseguiu se livrar da sua dependência dos combustíveis fósseis.

As evidências científicas confirmam que o ritmo atual de emissões nos levará a uma crise climática sem precedentes.

Estamos próximos de um ponto irreversível.

Quioto não é só uma vibrante metrópole japonesa. Ela empresta seu nome a um Protocolo que se tornou referência da falta de ação coletiva.

Não estamos atuando com a rapidez necessária para conter o aumento da temperatura global, como pactuamos no Acordo de Paris.

Mas essa é uma crise que não afeta a todos da mesma forma, nem no mesmo grau, nem no mesmo ritmo.

Mais de 3 bilhões de pessoas já são diretamente atingidas pela mudança do clima, em especial em países de renda média e baixa. E, da forma que caminhamos, esse número seguirá aumentando.

Não podemos apostar em soluções mágicas.

A tecnologia será uma aliada essencial, desde que haja acesso amplo. As chamadas abordagens de mercado podem contribuir, mas não é realista acreditar que resolverão a crise.

O principal problema é político. No meu entender, temos três grandes desafios pela frente.

O primeiro diz respeito à valorização dos espaços mais legítimos e democráticos da governança global. Em 1992, no Rio de Janeiro, sediamos a Cúpula que deu origem às três principais convenções que orientam nossa ação: sobre clima, biodiversidade e desertificação.

Esses acordos foram assinados com amplo diálogo com a sociedade civil. Não podemos permitir que essas Convenções sejam esvaziadas.

O segundo desafio tem a ver com o desequilíbrio da agenda climática. Não há dúvidas que precisamos ampliar nossos esforços de mitigação, em especial os países que historicamente mais emitiram gases de efeito estufa, mas não podemos perder de vista a demanda crescente por adaptação e perdas e danos.

E é por isso que insistimos tanto que os países ricos cumpram a promessa de alocarem 100 bilhões de dólares ao ano à ação climática. Outros esforços serão bem-vindos, mas não substituem o que foi acordado na COP de Copenhague.

Também precisamos pensar juntos a transição ecológica e justa, que inclui industrialização e infraestruturas verdes, de forma a gerar empregos dignos e combater a pobreza, a fome e a desigualdade.

De nada adianta os países e regiões ricos avançarem na implementação de planos sofisticados de transição se o resto do mundo ficar para trás ou, pior ainda, for prejudicado pelo processo.

Os países em desenvolvimento continuarão precisando de financiamento, tecnologia e apoio técnico para transformarem suas economias, combater a mudança do clima, preservar a biodiversidade e lutar contra a desertificação.

Para quebrarmos esse ciclo vicioso, precisamos atacar o terceiro desafio político: liderança. Precisamos mobilizar todos os setores no esforço comum, porém diferenciado, de prevenir a intensificação ainda mais grave da mudança do clima.

As credenciais do Brasil são sólidas. Nossa matriz energética está entre as mais limpas do planeta. Metade da energia consumida no país é renovável. No mundo esse valor é de apenas 15%.

Oitenta e sete por cento de nossa eletricidade provém igualmente de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de vinte e oito por cento.

Com o potencial que temos em energia solar, eólica, biomassa, etanol, biodiesel e hidrogênio verde, o Brasil será até o final do meu mandato um exportador de sustentabilidade.

Temos consciência de que a Amazônia protegida é parte da solução. É por isso que estamos organizando em agosto deste ano, em Belém, uma Cúpula de países amazônicos. E é por isso que o Brasil teve sua candidatura a sede da COP30 do clima aprovada após decisão unânime do Grupo Latino-Americano e Caribenho.

Seguiremos abertos à cooperação internacional para a preservação dos nossos biomas, seja em forma de investimento ou colaboração em pesquisa científica.

É com esse espírito que manifesto meu apreço pelos aportes anunciados recentemente ao Fundo Amazônia.

Os povos originários e aqueles que residem na região Amazônica serão os protagonistas da sua preservação. Os 50 milhões de sul-americanos que vivem na Amazônia têm de ser os primeiros parceiros, agentes e beneficiários de um modelo de desenvolvimento inclusivo e sustentável.

Com a Indonésia, a República Democrática do Congo e outros países da África e da Ásia, vamos atuar em defesa das principais florestas tropicais do planeta.

O Brasil será implacável em seu combate aos crimes ambientais. Queremos liderar o processo que permitirá salvar o planeta.

Vamos cumprir nossos compromissos de zerar o desmatamento até 2030 e alcançar as metas voluntariamente assumidas no Acordo de Paris.

Muito obrigado.

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Gabriel Barbosa

Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb

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Comentários

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Edu

21/05/2023 - 14h25

pianca mole
hahahahahahahahahahahaha
o abestalhado da cueca borrada de bosta
hahahahahahahahahahahahaha

Alexandre Neres

21/05/2023 - 02h05

Ver o Presidente Lula flanando soltinho pelo G7, com todos os líderes ocidentais solicitando uma reunião bilateral, ficando claro como dizem as torcidas organizadas que o campeão voltou, quando nosso analista internacional renitente já havia decretado o isolamento do Brasil por causa do seu posicionamento em favor da paz na guerra da Ucrânia não tem preço.

O cuecão borrado está se remoendo por dentro e só pode estar de pianca mole!

Paulo

20/05/2023 - 22h21

Essa meta de Lula de zerar o desmatamento até 2030 é ambiciosa – e não só na Amazônia, outros biomas brasileiros estão sob pressão permanente. Tomara que obtenha êxito! Mas é fundamental dar alternativas às populações ribeirinhas…

EdsonLuíz.

20/05/2023 - 19h39

Lulistas desequilibrados em geral,

Pela reatividade, agressões, linguajar, desqualificações que fazem, desculpas deprimentes, associações com bandidos,…

●Vocês já perderam a discussão há muito tempo!

Mas esse monte de platitudes que vocês repetem, de onde viriam? (e o curioso é acusarem de platitude a mim). Fui ver de onde gente tão despreparada tira essas falas para repetição::
▪Acho que é do “Brasil171”!
=>Observei que lá no “Brasil171” os “articulistas” do “jornal”, não podendo usar essas táticas covardes, xingarem, apelidarem, agredirem, inventarem, mentirem, em resumo: por lá no “Brasil171” não poderem ser petistas contra adversários, porque o “Brasil171” bloqueia adversários e lá não entra quem os contraria, eles brigam e aplicam suas covardias uns constra os outros mesmo. Lá no “171” é Petista X Petista. Resultado;; eles ficam petistezando uns contra os outros. E toma leviandade! E toma agressão! E toma xingamento! E toma desqualificação! E toma covardia! E toma despreparo! Não é geral, tem gente civilizada e tem gente mais preparada. Mas no geral reina a mediocridade (para baixo) deprimente do petista médio. Foi então qie eu notei que uma das agressões que uns mais usam contra os outros, lá no “171”, é acusar de…”Platitude”.

Vocês (agora falando só para os petistas fraquinhos —por isso agressivos, babacas e levianos– daqui de “ocafé..” ) são desequilibrados. Não estou falando de nenhum caso medico. O desequilíbrios que vocês apresentam, e por isso partindo para a agressão, xingamento, apelido, desqualificação…, é por muito despreparo, muito doutrinarismi, muito ideologusmo, que é no máximo que vocês conseguem chegar.

Bruno Wagner

20/05/2023 - 15h10

yuri, reflita mais sobre a sua própria ignorância

yuri

20/05/2023 - 11h57

As babaquices inuteis de sempre, sempre a mesma ladainha para idiotas.

O tempo passa e a tragedia civilizatoria brasileira nao muda pois é cultural, està no DNA tupinicoide….o dia que isso começar a mudar a gente fala algo sobre o Brasil, até là nada, zero: https://www.poder360.com.br/educacao/brasil-fica-em-52o-lugar-em-ranking-internacional-de-leitura/


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