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O recado de Lira ao presidente Lula

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) afirmou aos aliados que em julho finaliza o compromisso de apoio a projetos prioritários do governo Lula. Será necessário, então, após o fim do acordo, que o Planalto mude o relacionamento com a base de apoio no Congresso. Caso contrário, ele enfrentará “grandes dificuldades”. A mudança ocorre em […]

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Lira e Lula. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) afirmou aos aliados que em julho finaliza o compromisso de apoio a projetos prioritários do governo Lula.

Será necessário, então, após o fim do acordo, que o Planalto mude o relacionamento com a base de apoio no Congresso. Caso contrário, ele enfrentará “grandes dificuldades”.

A mudança ocorre em julho, pois é quando Lira prevê a aprovação da reforma tributária. Esse projeto é uma das prioridades definidas entre ele e o presidente.

Na quarta-feira (17), o Congresso aprovou o regime de urgência para a votação do marco fiscal, também uma prioridade. É só na próxima semana que ocorrerá a votação e aprovação do mérito e, daqui duas semanas, será apresentado o parecer do relator, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O projeto de reforma tributária terá o mês de junho inteiro para discussão até ser aprovado.

Os projetos de transição do governo Bolsonaro para o governo Lula são outras prioridades acertadas. Entre eles estão as verbas para o Bolsa Família, para o reajuste do salário mínimo e a reorganização da Esplanada dos Ministérios.

Todos esses projetos foram votados sem que a base parlamentar do governo tivesse os votos necessários. Segundo Lira, foram os aliados que garantiram a aprovação das medidas.

Por exemplo, nesta quarta-feira (17), na votação da urgência para o marco fiscal, pelo menos 115 votos foram acrescentados por “esforço pessoal do chefe do centrão”, conforme indica a reportagem do Uol. Foram 367 votos a favor e 102 contra, enquanto os aliados calcularam uma máxima de 252 votos.

Arthur Lira prevê, também, que a mudança no relacionamento do governo com o Congresso passe por uma reforma ministerial. Ele e seu grupo desejam incluir as áreas de comunicação e articulação política do governo, bem como os representantes do União Brasil na equipe dos ministérios.

Porém, não há sinais de pretensão do presidente Lula para satisfazer integralmente os pedidos do presidente da Câmara. 

Os articuladores políticos do governo não querem que aconteça com o governo atual o que aconteceu com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para eles, Lula não deve entregar as pontas ao centrão para não correr o risco de, por fim, entregar, também, toda a gestão.

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Alexandre Neres

19/05/2023 - 23h27

Vestiu a carapuça direitinho, hein, senhor Edson Luis?

Mas não entrou no mérito do que eu disse. O seu discurso vai na linha de que não dá mole pra corrupto. Será?

Nesse exato momento, Lira está reivindicando a Lula que tenha o mesmo poder que na era salnorabo. Até porque o mitômano não sabia governar, delegou a tarefa a Lira que desde então passou a comandar o orçamento. Lira está pressionando Lula, quer que ele descentralize, delegue e confie.

Os deputados estão acostumados nessa quadra histórica a pegar o dinheiro das emendas e aplicar onde bem quiserem. Algo bem paroquial. Não tem a visão do todo como o governo federal, sufragado nas urnas para tanto.

Entendeu qual o busílis da questão? Lula e seu governo estão resistindo enquanto podem para não dar a chave do orçamento para Lira, que quer desempenhar o mesmo papel que teve nos anos de ouro bolsonaristas, onde fazia barba e bigode. Lula não pode dar o que Lira quer, mas Lira ameaça, faz chantagem, pode fazer com que o governo perca votações importantes, impedindo-o de pôr em prática as promessas de campanha, além de comandar a pauta e será quem vai apreciar um possível pedido de impeachment que pode aparecer doravante.

Eu entendo que o senhor possa ter críticas a Lula e nada mais legítimo que as exteriorize. Todo governo deve ser questionado. O problema é que nem bem o governo Lula começou, para tentarmos sair da esparrela de párias mundiais onde o genocida nos colocou, e o senhor acusa Lula o tempo inteiro, prendendo-o por ter cão ou por não ter, inclusive o calunia ao tachá-lo de corrupto. Ao agir assim, o senhor está fazendo o jogo do Lira e entregando o orçamento para nossos deputados mais fisiológicos e venais. Mesmo o senhor é forçado a admitir que o PT tem sua linha ideológica, não é como esses deputados venais do centrão, mas tem que compor com essas forças para governar, pois a correlação de forças no atual Congresso lhe é extremamente desfavorável, majoritariamente à direita.

O senhor tem uma retórica anticorrupção, mas na prática auxilia Lira para que abocanhe cada vez mais nacos do orçamento, cujo apetite é insaciável. O senhor pode até nem se dar conta, mas é a este papel que se presta no jogo político, ancilar do czar Lira.

EdsonLuíz.

19/05/2023 - 21h06

Caramba!
Por que esse cretino do Alexandre Neres perverte tudo e não tem nenhuma honestidade. Este imbecil não sente vergonha de proteger corrupto.
▪E quem lê o que eu riposto aqui sabe que eu não dou colher de chá para corrupto. Ele, sim!

Alexandre Neres

19/05/2023 - 15h59

A cultura bolsonarista está a pleno vapor na terra brasilis.

Pra essa turba, Lula é o responsável pela cassação de Tantã Dinheirol. No TSE, três dos votos foram indicados por salnorabo. Por aí se vê. Apesar de Lula ter indicado muitos ministros para o STF, a maioria deles era tucano, e mudaram a jurisprudência sobre o que a CF dispõe expressamente para poder encarcerá-lo. Sem dúvida, agora devem estar querendo se redimir pelo papelão que fizeram ao apoiar uma ação persecutória daquele jaez, por terem feito tudo o que fizeram, inclusive o impediram de se despedir de entes queridos.

Entrementes, Lira diz que Lula e o PT precisam descentralizar, delegar e confiar. Pra bom entendedor pingo é letra. Lira quer ter de volta todo o poder para tomar conta do Orçamento que foi tirado quando o STF acabou com a farra do orçamento secreto.

Lira está ameaçando de todo jeito, o governo, devido à correlação de forças desfavorável, na medida em que a direita e o centrão é que mandam no Congresso, está resistindo o quanto pode.

Ao empreender uma análise de fôlego, resta nítido o papel que desempenham certas pessoas que se dizem moralistas. Atacam Lula e o PT o tempo inteiro, fortalecendo a posição de Lira, querendo colocar a raposa para tomar conta do galinheiro.

O cuecão borrado só pode estar de pianca mole!


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