O Ministério Público Federal eliminou os registros que possuía contendo os detalhes dos colaboradores não oficiais responsáveis por armazenar as informações sobre subornos pagos pela Odebrecht, decisão foi concedida pela Justiça Federal no Paraná.
Segundo registros confidenciais do Ministério Público Federal obtidos pelo UOL, a eliminação dos arquivos ocorreu nos dias 19 e 20 de maio de 2022, por meio da utilização de procedimentos de perfuração em cada um dos sete discos rígidos de 8 TB. O processo foi conduzido com o auxílio de uma furadeira fixa, em que uma broca de aço atravessou os equipamentos.
Os registros contidos nos sistemas Drousys e Mywebday eram elementos-chave nas acusações do Ministério Público Federal contra vários políticos, além de servirem como base para numerosos processos.
Com o objetivo de ocultar os pagamentos de propina em nível global, a empresa criou um departamento especializado nessa atividade, onde um sistema de informática paralelo foi estabelecido.
No entanto, houve uma controvérsia em relação aos dados. Segundo informações divulgadas pelo site em 2019, os procuradores brasileiros tiveram acesso a informações confidenciais da contabilidade paralela da empreiteira quase um ano antes de obtê-las oficialmente por meio dos acordos de delação premiada dos executivos da construtora.
Paulo
18/05/2023 - 22h26
Só no Brasil se apagam provas. Em nome de que e de quem? De homens de bem? Certamente não…