Parece que uma longa novela no Congresso Nacional chegou ao fim: a indicação do deputado André Janones (AVANTE-MG) para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro.
O prazo para que os partidos e blocos fizessem suas indicações para a comissão encerrou nesta ultima terça-feira (16) sem que mais da metade das vagas fossem ocupadas e mesmo com algumas vagas ainda em aberto, uma ausência já está confirmada: a de André Janones.
Na avaliação de fontes próximas ao deputado, as chances para que uma “surpresa” ocorra são praticamente nulas. Estas mesmas fontes também acreditam que, embora o deputado federal Arthur Maia (UNIÂO-BA) afirme que a CPMI será instalada na próxima semana, a comissão sequer pode ser instalada.
A indicação do deputado mineiro foi foco de uma série de ida e vindas que contaram até mesmo com o intermédio da deputada Gleisi Hoffman (PT-PR), presidente do Partido dos trabalhadores e forte liderança petista após o deputado ser “esquecido” pelo Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Mesmo com a defesa da deputada petista, parece que nem Padilha, nem a sua equipe retornaram qualquer pedido de contato feito pelo parlamentar mineiro.
Já no Congresso, nem a CPI do MST ou a CPMI do 8 de janeiro estão preocupando o governo ou recebendo a atenção dos parlamentares. A mesma coisa do Planalto que também não está nem um pouco preocupado com a comissão.
Na avaliação da equipe do deputado, é muito difícil que um “milagre” aconteça nos próximos dias e mude o jogo.