No último dia 10 de abril, ocorreu uma reunião entre o ministro da Justiça, Flávio Dino, e representantes das principais redes sociais. Empresas como Meta, Kwai, Google, Tiktok e Twitter estiveram presentes junto com integrantes da Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal e do Conselho Nacional do Ministério Público.
Em vídeo obtido pela coluna de Guilherme Amado, do Portal Metrópoles, Dino se mostrou irritado com a postura da representante do Twitter, Adela Goberna, durante o debate. A indignação do ministro se deu por conta da lentidão da rede para apagar conteúdos de ataques em escolas. Esse encontro aconteceu uma semana ao atentado que deixou quatro crianças mortas em Blumenau-SC.
“As contas que têm a imagem ou a foto do perpetrador não vão ser violadoras das políticas do Twitter necessariamente. Elas precisam de um comportamento de incitação ao ódio. Eu sei o que você está pensando, mas se essa conta fosse para denunciar… Eu sei que é difícil”, disse Goberna.
“Uma sociedade que não consegue garantir que haja proteção de crianças contra discurso de ódio não tem nenhum valor constitucional que se coloque na frente disso. Antes que alguém ouse ter a empáfia de falar de liberdade de expressão. Porque a essas alturas eu não posso acreditar que alguém vai dizer que a suposta liberdade de expressão usada de modo fraudulento, [que] é uma falcatrua, se sobrepõe a uma vida de uma criança morta a machadadas na cabeça”, respondeu Dino.