O ex-presidente afirmou à Polícia Federal não saber sobre possíveis dados falsos em seu nome, mas mesmo assim teria autorizado investigação sobre o caso
Nesta terça (16), Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal, num desdobramento das investigações acerca da falsificação de seu registro de vacinação. O ex-presidente disse ter recebido uma ligação antes do fim de seu mandato avisando-o de irregularidades em seu nome no sistema do Ministério da Saúde.
Segundo Bolsonaro, Wagner Rosário, então ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), teria pedido que o ex-presidente retirasse o sigilo de cem anos imposto sobre seu cartão de vacinação. A ligação ocorreu no dia 29 de dezembro, um dia antes da viagem, que viria a durar três meses, de Bolsonaro aos Estados Unidos. De acordo com a CGU, um registro de imunização relacionado ao ex-presidente teria sido realizado no bairro do Peruche, em São Paulo, no dia 19 de julho de 2021.
Rosário solicitou a liberação baseado na Lei de Acesso à Informação (LAI), e segundo depoimento de Bolsonaro, ele teria concordado com a divulgação dos dados e, ainda, incentivado uma possível investigação para apurar o fato. Isso teria sido dito pelo ex-presidente de maneira espontânea no depoimento à PF desta última terça (16).
No entanto, a declaração do ex-presidente apresenta inconsistências. Ele também teria reiterado à PF sobre não estar ciente de qualquer adulteração em seus registros de vacinação antes da divulgação das investigações. Além disso, seu cartão de vacinas não foi liberado à CGU, mesmo com sua suposta autorização.
Bolsonaro declarou à Polícia Federal que ficou sabendo das investigações recentemente, quando liberadas pelo atual governo. Mesmo assim, afirmou que a CGU iniciou ainda em seu governo uma apuração sobre possível atividade Hacker, que teria incluído dados falsos em seu registro do SUS.
No última dia 3, a Polícia Federal realizou uma operação que prendeu 6 pessoas, todas ligadas ao ex-presidente, envolvidas no esquema de falsificação de informações no sistema do Ministério da Saúde. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, acusado de ser o operador do esquema, foi um dos presos. O cartão de vacinas do ex-presidente apresentava dois registros de imunizantes na Baixada Fluminense, Rio, que foram apagados poucos dias após a impressão de um certificado usado em sua viagem para os EUA.
Edu
17/05/2023 - 20h41
BOSTAnaro é uma inconsistência ambulante.
Somente um antipetista canalha pra votar nessa desgraça.