Na tarde desta terça-feira (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu à PF, em Brasília, para prestar seu depoimento sobre o caso das falsificações dos cartões de vacinação dele e de sua filha Laura, após operação da Polícia Federal descobrir algumas das diversas violações cometidas por Mauro Cid. Em depoimento de quase 3 horas, Bolsonaro não foi questionado somente sobre a inserções de informações falsas sobre a vacina contra a covid nos sistemas de saúde, mas também sobre os atos antidemocráticos que ocorreram no dia 8 de janeiro.
Quando indagado se determinou a inserção dos dados por alguém nos sistemas, Bolsonaro negou veementemente. O depoimento dado pelo ex-presidente complicou a vida Mauro Cid, que foi acusado de alterar infomações confidenciais. Além disso, o ex-mandatário ainda apontou que não tinha ideia de como seu ex-ajudante havia conseguido os certificados.
Bolsonaro e os atos antidemocráticos: o que disse o ex-presidente à PF?
Jair Bolsonaro foi questionado pela PF, durante seu depoimento, sobre conversas do militar da reserva Ailton Barros. O militar é tido como homem de confiança do ex-presidente e sempre que possível o acompanhava em viagens. Em depoimento, Bolsonaro disse que não repassou orientações a Barros sobre movimentos antidemocráticos para executar um golpe de estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022.
Bolsonaro comentou que sua relação com o militar era por conversas esporádicas em aplicativos de mensagens, sem qualquer vínculo pessoal. Destacou ainda que não sabia sobre a mensagem de áudio de Barros a Mauro Cid dizendo que ele sabia que mandou matar a ex-vereadora Marielle Franco.