O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirmou que o Google cria “dificuldades” e “prejudica” as investigações da execução de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. As manifestações foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A afirmação foi feita em uma ação que discute se o Google deve ou não entregar os resultados de buscas relacionadas à vereadora dias antes de sua execução. O MPRJ alega que as informações são importantes para a investigação, enquanto a empresa de tecnologia alega que isso seria invasão de privacidade.
A informação solicitada pelo Ministério Público do Rio é o IP, – um endereço exclusivo que identifica um dispositivo na Internet ou em uma rede local – de quem fez buscas relacionadas à vereadora, como “Agenda Marielle Franco”.
Na ação enviada ao STF, o MP afirma que “Trata-se de pedido absolutamente restrito, e não genérico, ao contrário do que é afirmado pelo Google, numa perspectiva absolutamente voltada ao acobertamento da tarefa de investigação e nítido propósito de prejudicar a análise do crime praticado”.
Ainda na ação, o Ministério Público do Rio afirma que o não envio das informações impossibilita que a investigação tenha a chance de ter um “curso célebre”. A instituição acredita que não há quebra de privacidade, enquanto o Google alega que o pedido é genérico e expõe informações pessoais.
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