O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República avaliou que quem propôs a CPI deveria conhecer o MST
Publicado em 15/05/2023 – 19h09
Por Redação – Brasil de Fato – São Paulo (SP)
Brasil de Fato — Terminou neste domingo (14), em São Paulo, a quarta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária. O evento, que é organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reuniu durante quatro dias 1.700 feirantes vindos do país inteiro, cerca de 320 mil pessoas circularam pelo Parque da Água Branca para conferir de perto a diversidade de alimentos, atrações culturais e atividades políticas.
Além da diversidade alimentar e cultural, a feira também reuniu lideranças políticas, passaram pelo o evento o vice-presidente da república, Geraldo Alckmin, e alguns ministros do governo Lula. Eles criticaram a iniciativa de parte do congresso de investigar o MST por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “Eu sou muito cauteloso com essa história de CPI. O trabalho do legislativo é diferente, não é policialesco”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Já o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, avaliou que quem propõe a CPI deve conhecer o trabalho do MST. “Se as pessoas que estão propondo essa CPI viessem aqui nessa feira iriam ver que não tem nada a ver com que eles estão debatendo. É uma CPI que não tem crimes para investigar.”
“O Congresso é espaço para isso. Infelizmente nasce uma CPI que eu espero que possa revelar porque é que estão puxando a investigação”, destacou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).
o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, defendeu que a Companhia Nacional de Abastecimento – a Conab – deva ficar dentro do escopo do seu ministério. A companhia tem sido cobiçada por setores do agronegócio. “A Conab trabalha com o agricultor familiar. Qual é o programa mais forte da Conab hoje? É o PAA, Programa de Aquisição de Alimentos, que pela lei essa aquisição tem que ser feita junto ao agricultor familiar. É um trabalho artesanal de diagnosticar a situação do agricultor familiar e chamar os outros parceiros para dar o apoio àquele agricultor familiar, não é a vocação do Ministério da Agricultura.”
Edição: Rodrigo Durão Coelho