Na ultima segunda-feira (08), o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Amaro criticou PEC que busca tirar militares da política.
Durante uma entrevista para o jornal Valor Econômico, Amaro disse:
“Eu não acho que é uma medida muito adequada. Essa é a minha opinião pessoal. Não estou falando como chefe do Gabinete de Segurança Institucional”
A declaração foi dada na esteira de uma série de declarações do general e que causaram desconforto no Palácio do Planalto e principalmente na Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República (SESP).
Sobre o assunto, a coluna conversou com o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) que é um dos articuladores da PEC antigolpe que está sendo construída em conjunto com o Ministro da Defesa, José Múcio. Objetivo e sucinto, o deputado paulista simplesmente reforçou que a necessidade de afastamento da carreira no setor publico não é uma excepcionalidade.
Juízes e promotores já precisam se afastar e saírem de suas carreiras para se candidatarem, logo, isso já existe para outras categorias de Estado. O deputado também lembrou que o próprio ex-juiz, Sergio Moro precisou se afastar da magistratura para assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro. Segundo ele, “não é bom o militar voltar para o quartel depois das eleições.”
Sobre os boatos de um suposto conflito envolvendo a SESP e o GSI, o deputado afirmou que a situação não pode ser vista de forma maniqueísta como se fosse necessário algum conflito, para ele, é necessário existir uma solução mista entre a Polícia Federal e os militares para que possam, juntos, cuidarem da segurança do presidente.