Investigação nos celulares do tenente-coronel Mauro Cid e Jair Bolsonaro apura suspeita de uma conta no exterior para lavagem de dinheiro vinculada ao ex-presidente.
A Polícia Federal havia confiscado os aparelhos de Cid e Bolsonaro em abril para investigar o esquema de falsificação dos cartões de vacina. Agora, de acordo com as fontes da investigação, além de apurar a suspeita de lavagem de dinheiro, a perícia indicou também uma conta no banco da Flórida ligada ao caso.
Na semana passada, a PF descobriu a conta de Mauro Cid no BB Americas, subsidiária internacional do Banco do Brasil. A investigação revelou mensagens no celular do tenente-coronel sobre valores entre ele e o gestor na conta no exterior.
Devido às movimentações financeiras feitas no mesmo banco, a análise levantou suspeitas de outra conta vinculada a Jair Bolsonaro.
A apuração dos materiais apreendidos pela PF durante a Operação Venire, que investiga o esquema de manipulação de carteiras de vacinação contra o coronavírus, ainda devem levar de 10 a 15 dias, segundo o g1.
Com o resultado, a perícia terá acesso às informações oficiais dos investigados sobre a legalidade das contas. Será feita, também, uma solicitação ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), ligado ao Ministério da Justiça, para que o Departamento de Justiça da Flórida quebre o sigilo bancário das contas investigadas.
Nesta semana o coronel Mauro Cid e a esposa Gabriela Santiago Ribeiro Cid serão chamados para depor sobre o esquema de fraude dos cartões de vacinação. Os suspeitos serão ouvidos na quinta-feira (18) e sexta-feira (19), respectivamente.