O inquérito da Polícia Federal que investiga um suposto esquema de desvios de recursos e de roubo de dinheiro no Palácio do Planalto, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), mostra que o tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, braço direito do ex-inquilino do Planalto, fez uma série de depósitos em dinheiro vivo na conta de Michelle Bolsonaro. A informação é do jornalista Aguirre Talento, no UOL.
Vale lembrar que o militar foi preso no dia 3 de maio. Ele é o principal suspeito de ter feito as fraudes nos cartões de vacinação contra a Covid-19 de Bolsonaro, sua filha caçula Laura e de aliados íntimos. A Polícia Federal encontrou, em trocas de mensagens por WhatsApp, prints de sete comprovantes de depósitos em dinheiro vivo feitos por Cid. Ele encaminhou para as ex-assessoras de Michelle.
A PF também encontrou uma transferência bancária, realizada em julho de 2021, o valor de R$ 5.000,00. A transação foi feita diretamente da conta de Mauro Cid para a conta da ex-primeira dama.
Vale lembrar que devido a essas transferências, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a quebra do sigilo bancário de Mauro Cid e de pessoas que trabalhavam na Ajudância de Ordens da Presidência.
Por sua vez, o ex-secretário de Comunicação e advogado de Bolsonaro e Michelle, Fábio Wajngarten, disse que “a defesa fará uma exposição detalhada de todos os custos, valores, saídas de recursos próprios do ex-presidente durante todo o período do mandato, nos 48 meses, a fim de evidenciar o quanto isso tudo se trata de uma perseguição política, com a apropriação e divulgação de vazamentos seletivos a fim de constranger os envolvidos”.