O Itamaraty busca trazer a pauta dos efeitos do conflito no leste europeu na segurança alimentar durante a cúpula do G7. Nas discussões, o governo deve tentar garantir o uso de uma “linguagem alinhada” com a posição do Brasil em relação à guerra na Ucrânia. Os encontros tem as datas marcadas para os dias 20 e 21 de maio, em Hiroshima, no Japão.
É a primeira vez, depois de 14 anos, que o Brasil participa de uma reunião da cúpula, composta pelos países mais desenvolvidos e industrializados do mundo. Os Estados que compõem o grupo são: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
De acordo com o embaixador Maurício Lyrio, secretário de assuntos econômicos e financeiros do Itamaraty, é imprescindível abordar sobre a invasão da Rússia na Ucrânia no documento. O Brasil tenta alinhar o texto com sua postura atual, envolvendo a busca por resoluções negociadas e a defesa de diálogos em fóruns internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
“Sobre a declaração, como é uma declaração sobre segurança alimentar e há efeitos da conflito da Ucrânia sobre a questão de acesso a alimentos, então uma referência inicial deverá ser feita ao conflito na Ucrânia e naturalmente o governo brasileiro negocia essa linguagem para que seja compatível com a linguagem que o Brasil tem usado sobre o tema, inclusive defendido a negociação de resoluções em diversas instâncias internacionais, como a própria ONU”, comentou Lyrio.