A Procuradoria-Geral da República (PGR), antigamente, liderada por Augusto Aras, tentou várias vezes impedir a investigação contra Jair Bolsonaro e seus assessores e familiares durante o governo anterior, mas mudou sua postura e passou a apoiar a investigação após a chegada de Lula à Presidência.
Durante o governo Bolsonaro, entre fevereiro e dezembro de 2022, a PGR se manifestou pelo menos seis vezes pedindo o arquivamento da investigação, argumentando que as provas eram ilegais, inconstitucionais e causavam constrangimento ilegal aos investigados.
A PGR alegou que as decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que autorizaram a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, e outros assessores presidenciais, violaram o sistema processual, uma vez que o ministro não ouviu o Ministério Público sobre os pedidos feitos pela Polícia Federal.
Durante o governo Bolsonaro, a PGR acreditava que como já havia um pedido de arquivamento da investigação feito no início de 2022, todas as medidas autorizadas por Moraes eram inválidas e as provas nulas. A investigação contra Bolsonaro e seus assessores teve início no caso do vazamento do inquérito do ataque hacker ao TSE, utilizado pelo ex-presidente para atacar a segurança das urnas eletrônicas.
Ao longo de 2022, na gestão Bolsonaro, a PGR foi contra as quebras de sigilo e pediu que todo o material encontrado fosse anulado. Em suas manifestações, a PGR acusou Moraes e a Polícia Federal de “expedição de pesca” ou “pescaria probatória”. O termo é utilizado para designar quando os investigadores vasculham a intimidade ou vida privada de um alvo sem objetivo específico, somente para tentar identificar fatos que podem ser usados contra essa pessoa.
No entanto, a posição da PGR mudou completamente após a chegada de Lula à Presidência. A PGR deixou de contestar as decisões e, em abril, foi favorável à utilização das provas anteriormente classificadas como nulas e ilícitas para a realização de buscas e prisões no caso da suposta fraude nos cartões de vacinação.
Em 19 de dezembro de 2022, a PGR apresentou um recurso contra uma decisão de Moraes para autorizar a quebra de sigilo telemático de um ajudante de ordens de Bolsonaro. Assim como havia feito pelo menos outras cinco vezes antes, a PGR classificou as provas como ilegais e nulas para pedir o arquivamento do caso. No entanto, um mês depois, em 19 de janeiro, a Polícia Federal pediu nova quebra de sigilo telemático de pessoas próximas a Bolsonaro.
Xuxo
15/05/2023 - 21h11
Contratem alguém que sabe escrever em português.
Paulo
15/05/2023 - 21h10
Esse homem é um exemplo-mor da decadência moral do servidor público brasileiro (mesmo ocupando um cargo por indicação política, não deixa de ser barnabé, de prol, mas ainda barnabé). Um oportunista, que esperava ser indicado ao STF, e, vendo o desserviço que prestou ao país, quer agora se redimir, acreditando na memória curta do povo e da história…