Conselheiro de Carlos Bolsonaro é investigado pelo MP do Rio

Jorge Luiz Fernandes trabalha no gabinete do vereador desde 2001, quando assumiu o primeiro mandato aos 18 anos

As investigações acerca dos casos de rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro evoluem e o Ministério Público do Rio se aproxima de mais um suspeito. Jorge Luiz Fernandes, chefe do gabinete de Carlos, teria recebido até R$2 Milhões em depósitos de outros servidores. Ele seria o operador do esquema no gabinete do vereador.

Fernandes foi escolhido por Jair Bolsonaro para orientar Carlos quando o filho foi eleito pela primeira vez, aos 18 anos. Ele já era homem de confiança de Jair, tendo atuado como seu assessor em Brasília de 1999 a 2001.

Regina Célia Sobral Fernandes, esposa de Jorge Luiz, também foi empregada no gabinete de Carlos e seria uma das responsáveis por repassar valores ao marido. Ela recebia um salário bruto médio de R$7,4 mil reais.

O Ministério Público do Rio de Janeiro iniciou as investigações após suspeitar de movimentações estranhas na conta de Jorge Luiz. Um laudo do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro reforçou as suspeitas de prática de peculato, ação mais conhecida como “rachadinha”, no gabinete de Carlos Bolsonaro.

Outras pessoas ligadas a Jorge Luiz também ganharam cargos em gabinetes da família Bolsonaro no passado. Carlos Alberto Sobral Fernandes, cunhado de Jorge, e Maria Janice Andrade Franco, ex-cunhada do conselheiro, foram empregados no gabinete do então deputado federal, Jair Bolsonaro, em Brasília. Carlos Alberto trabalhou com Jair de 1995 a 1997, enquanto isso, Maria Janice trabalhou com o ex-presidente de 1991 até 2000.

Carlos deixou de comandar as redes sociais do pai recentemente. Se afastando, portanto, da função que assumiu por mais de 10 anos. “Após ter criado as redes sociais de @jairbolsonaro , informo que muito em breve chegará o fim deste ciclo de vida VOLUNTARIADO. Pessoas ruins se dizem as tais e ganham muito com o suor dos outros que trabalham de verdade e isso não é excessão aqui. Não acredito mais no que me trouxe até aqui.”, declarou o vereador no dia 16 de abril em seu Twitter.