Nos últimos dias o novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Amaro, deu mais entrevistas do que qualquer outra coisa, de aparição ao vivo até declarações para sites e jornais.
Em algumas delas, se valendo a ausência do presidente Lula (que acompanhava a coroação do Rei Charles III), chegou até mesmo a causar desconforto dentro do próprio palácio do Planalto. Chegou a até mesmo a criticar a PEC que o Ministro da Defesa, José Múcio, trabalha em em conjunto com o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) para impedir que militares da ativa disputem eleições.
Fontes ligadas a segurança e inteligência do governo têm uma avaliações peculiares sobre o motivo da “verborragia” do recém empossado Ministro e suas “genialidades”. Segundo estas fontes, tudo é parte de um elaborado plano para que Múcio, alvo de críticas de petistas e não petistas e considerado um mero “despachante” dos generais da cúpula das forças armadas e o general do exército, Tomás Paiva, sejam tidos como “sensatos” aos desdizerem ou simplesmente ignorarem o chefe do GSI.
E por fim, reforçando ao presidente que de fato são confiáveis. Segundo essas mesmas fontes, “os caras sabem jogar o jogo. Vão sempre construir o bom policial e o mau policial”.
As declarações acompanham uma série de episódios já publicados nesta coluna e que retratam o grande cisma envolvendo as áreas de segurança e inteligência no palácio do Planalto e que se transformou numa espécie de guerra fria.
Uma outra fonte do Planalto, que não faz parte das áreas de segurança de inteligência, também confirmou essa guerra fria e ainda afirmou: “dado o histórico de antes e o 8 de janeiro, acho que os civis têm prevalência nisso”.