Indicados para CPI do MST defendem criminalização da causa

Imagem: Redes Sociais


Os partidos políticos já indicaram 18 nomes para compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mas esses indicados têm um histórico de criminalização do movimento social.

De acordo com o GLOBO, antes do “Abril Vermelho” deste ano, deputados federais, como Evair de Melo (PP-ES) e Alceu Moreira (MDB-RS), já haviam feito críticas severas ao MST, caracterizando-o como um “grupo criminoso”.

Um exemplo das críticas realizadas contra o movimento foi em 2015, quando Alceu Moreira apresentou uma moção de repúdio à organização, alegando que esta era responsável pela destruição de áreas rurais em São Paulo e Rio Grande do Sul. Na época, Moreira afirmou que não entendia como os governos de Dilma Rousseff (PT) e os dois mandatos de Lula (PT) haviam apoiado e incentivado o movimento a promover “badernas”.

O UB selecionou os deputados Coronel Assis (MT), Nicoletti (RR), Alfredo Gaspar (AL), Coronel Ulysses (AC) e Rafael Simões (MG) para participarem da comissão. Embora eles tenham adotado uma abordagem mais moderada em relação ao MST, os cinco são opositores políticos do PT e são apreciados pela bancada do setor agropecuário.

De acordo com o MST, a CPI veio para desviar a atenção:

Entre os membros da bancada, o mais moderado é Domingos Sávio (MG). Ele já foi membro do PSDB e, em 2017, criticou o então presidente Bolsonaro quando este defendeu o armamento dos fazendeiros contra o MST.

Rhyan de Meira: Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira
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