A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma análise nesta sexta-feira (12) referente a mobilidade urbana e medidas necessárias para o Brasil. O investimento na área de transportes precisa ser de R$ 295 bilhões até 2042 nas 15 principais regiões metropolitanas do país.
Segundo a agência, essas mudanças na disposição e disponibilidade dos transportes urbanos são para que o país chegue ao nível da Cidade do México e de Santiago, no Chile, duas referências na América Latina nessa área.
Dos R$ 295 bilhões calculados pela CNI, R$ 271 bilhões seriam destinados à expansão de linhas de metrô. Esse valor é viável para mais do que dobrar a extensão da malha vigente. A aplicação também precisa ser feita nas estruturas de rede de trens (R$ 15 bilhões) e de BRTs (R$ 9 bilhões).
O estudo “Mobilidade Urbana no Brasil: Marco Institucional e Propostas de Modernização” publicou, também, uma lista de recomendações para ampliar e modernizar os atuais moldes no país. As evidências apontam que o Brasil não apenas vai em direção contrária as experiências internacionais de sucesso, mas também desqualifica sua posição de referência na América Latina.
De acordo com a análise da CNI, é preciso da participação pública e privada, além de viabilizar fontes de investimentos com recursos nacionais e estrangeiros. O gerente-executivo de Infraestrutura, Wagner Cardoso, acredita que o país precisa superar a falta de financiamento para chegar a um nível de excelência nas regiões metropolitanas. Para ele, esse é “o maior gargalo para a expansão dos transportes urbanos no Brasil”.
Na visão de Cardoso, o país “subinveste e subfincancia o transporte coletivo”. Os transportes individuais são privilegiados “inclusive na precificação dos combustíveis fósseis utilizados por automóveis e veículos individuais”.
“A urbanização não foi acompanhada por um planejamento voltado à redução das distâncias percorridas pelos cidadãos, para a qual o adensamento das cidades e a melhor distribuição de suas principais funções – moradia, trabalho, serviços e lazer – constitui seu alicerce”, diz o estudo.
As cidades que devem receber o investimento são: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Belém, Fortaleza, Natal, Salvador, João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Recife e Teresina.
As informações foram retiradas da matéria do jornal O Globo.