O governo Jair Bolsonaro tentou trazer ao Brasil, de forma ilegal e sem declarar aos órgãos oficiais, um conjunto de joias sauditas, em outubro de 2021. No momento da apreensão no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, a Receita Federal oficialmente avaliou as joias em R$ 5,6 milhões.
Quando o caso repercutiu, o jornal “O Estado de São Paulo” revelou que o preço total das peças havia sido dado como R$ 16,5 milhões, cerca de 3 milhões de euros. Segundo o “Estadão”, os auditores da Receita Federal realizaram uma segunda avaliação das joias apreendidas, estimando o valor anterior. Essa análise ocorreu quando a possibilidade de levar os itens a leilão surgiu, procedimento habitual quando mercadorias apreendidas na alfândega não são reivindicadas.
De acordo com o Termo de Redenção de Bens, emitido pela alfândega de Guarulhos em outubro de 2021, apenas o conjunto de joias da Chopard, que conta com um colar, anel, par de brincos e relógio de pulso, havia sido avaliado em US$ 1 milhão, cerca de R$ 5,6 milhões. Já a miniatura com pedestal de um cavalo foi avaliada em US$ 1 mil, cerca de R$ 5,6 mil. O documento foi revelado nesta sexta (12) pela Folha de S. Paulo.
A perícia nos três pacotes trazidos da Arábia Saudita ainda estão sendo confiscados pela Polícia Federal (PF). As joias, destinadas originalmente à ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, foram apenas as primeiras a serem examinadas.
Os agentes da PF devem desenvolver um laudo com uma descrição mais precisa dos bens, verificando a autenticidade na qualidade do ouro e das pedras valiosas. A Receita também confere as circunstâncias em que as peças foram trazidas ao país.