O ex-senador é acusado de receber quase R$30 milhões em propina
Os advogados de Fernando Collor devem apresentar seus argumentos na sessão desta quinta (11), seguidos do voto do relator, Edson Fachin. Na quarta feira (10), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão do ex-senador.
Collor é investigado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integração criminosa, num processo desdobramento da operação Lava-Jato. Além do ex-senador, os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos também são investigados. Luis é apontado pela investigação como administrador de empresas de Collor, enquanto Pedro Paulo seria operador particular do ex-parlamentar.
O político teria recebido R$29,9 milhões em propina da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis, entre 2010 e 2014. Uma denúncia contra o caso foi apresentada em 2015.
Lindôra Araújo, vice-procuradora-geral da república, afirmou que as provas contra Collor são consistentes, embasadas por informações de delações premiadas e documentos.
“As provas produzidas durante a instrução processual, consistentes em depoimentos pessoais, tabelas, relatórios financeiros, documentos apreendidos, entre outros, formam um acervo probatório coeso e coerente que, analisado em conjunto, não deixa dúvidas sobre a autoria e a materialidade dos crimes praticados”, comentou a procuradora.
A PGR pede a condenação, imposição de multa e pagamento de uma indenização conjunta de danos materiais e morais no valor R$59,9 milhões, cobrindo, portanto, o valor da propina.
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