O diretório estadual do Podemos no Ceará deixará de ser oposição para se tornar base do governo Elmano de Freitas (PT). O anúncio foi feito pelo novo presidente do partido, o prefeito de Aracati Bismarck Maia.
“Já comunicamos a decisão ao governador Elmano. Nós temos um gestor legitimamente eleito no primeiro turno. Então, queremos o melhor para o Ceará. Formamos essa base junto com o senador Cid Gomes, que representa a grande maioria do PDT que deseja apoiar a base de Elmano”, revelou Maia.
Mais cedo, Bismarck participou do evento de posse do seu filho, Guilherme Bismarck (PDT), como deputado estadual na Assembleia Legislativa.
A conversa de Cid Gomes com a cúpula do Podemos
Apesar de ter feito afirmações de que permanece no PDT, o senador Cid Gomes (CE) continua mantendo conversas com a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu.
Por intermédio do novo presidente do diretório estadual do Podemos, o prefeito de Aracati Bismarck Maia, Cid intensificou as conversas em torno da sua possível filiação ao partido, que até pouco tempo era comandado pelo senador Eduardo Girão, atualmente no Novo.
Vale lembrar que o congressista também pode trazer para a legenda, caso as negociações vinguem, pelo menos 15 prefeitos, dois deputados federais e três estaduais. O objetivo primário seria, segundo interlocutores, garantir estrutura partidária e tempo de Radio e TV, já pensando nas eleições de 2024.
Porém, apesar de ter conseguido emplacar Bismarck, um aliado antigo e fiel para o comando do Podemos no Ceará, o senador ainda precisa resolver o impasse em torno da vice-presidência do partido.
Isso porque o prefeito de Juazeiro do Norte, Gledson Bezerra, que ocupa esse posto na legenda e tem uma excelente relação com a presidente Renata Abreu, até o momento não sinalizou que vai trocar o Podemos por algum partido da base aliada do governo estadual.
Em 2020, ano eleitoral, Bezerra recebeu a vice-presidência do senador Girão e conseguiu se eleger prefeito em Juazeiro, mas nos últimos meses, tem se aproximado do governador Elmano (PT), do ministro Camilo Santana (PT) e do dirigente do PP no Ceará, Zezinho Albuquerque.