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Carlos e ex-esposa de Jair Bolsonaro receberam R$ 477 mil em dinheiro sem origem identificada

Órgão vê “indícios da existência de uma organização criminosa” que atuava dentro do gabinete do filho de Jair Bolsonaro Publicado em 11/05/2023 – 13h22 Por Redação Brasil de Fato – São Paulo – SP Brasil de Fato — Um laudo produzido pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Lavagem de Dinheiro e à Corrupção do […]

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Reprodução: Alan Santos/PR

Órgão vê “indícios da existência de uma organização criminosa” que atuava dentro do gabinete do filho de Jair Bolsonaro

Publicado em 11/05/2023 – 13h22

Por Redação Brasil de Fato – São Paulo – SP

Brasil de Fato — Um laudo produzido pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Lavagem de Dinheiro e à Corrupção do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) revelou que desde 2005, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Ana Cristina Siqueira Valle, ex-esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, receberam R$ 476,8 mil em depósitos em dinheiro sem origem identificada. As informações foram reveladas pelo site UOL, nesta quinta-feira (11).

Cristina, que chefiou o gabinete de Carlos Bolsonaro entre 2001 e 2008, recebeu 177 depósitos entre 2005 e 2021, que somam R$ 385 mil. Jair Bolsonaro seria o remetente de três repasses na conta da ex-esposa, que totalizam R$ 34 mil, entre 2012 e 2014.

No caso de Carlos Bolsonaro, foram identificados depósitos entre 2008 e 2015, que somam R$ 91 mil. As informações foram obtidas pelo MP-RJ após quebra do sigilo bancário da dupla, em maio de 2021.

A 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada foi responsável pela elaboração do laudo. O órgão investiga peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Carlos.

A suspeita do Ministério Público é o que dinheiro tenha origem num esquema de rachadinha no mandato do vereador. Sete parentes de Cristina eram lotados no gabinete de Carlos, mas não compareciam para trabalhar. Seriam funcionários fantasmas.

Em 2021, quando pediu a quebra do sigilo bancário da dupla, o MP-RJ alegou que O MP informou no pedido de quebra de sigilo que, “na presente investigação, pelos elementos de provas colhidos, já é possível vislumbrar indícios da existência de uma organização criminosa caracterizada pela permanência e estabilidade, formada desde o ano de 2001 por diversos assessores nomeados pelo parlamentar (Carlos) para cargos na Câmara Municipal.”

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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