Durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes defendeu a instauração de uma investigação para apurar os métodos usados pela extinta Operação Lava Jato. Segundo o magistrado, força-tarefa praticava “tortura”.
“Teria que ter inquérito para saber o que se passou. As pessoas só eram soltas, liberadas, depois de confessarem e fazerem acordo”, disse o ministro.
“Isso é uma vergonha e nós não podemos ter esse tipo de ônus. Coisa de pervertidos. Claramente se tratava de prática de tortura usando o poder do Estado”, prosseguiu.
Gilmar também revelou que já leu o livro do empresário Emilio Odebrecht e se convenceu de que a operação forçava as famigeradas e viciadas delações premiadas.
“São páginas que envergonham a Justiça. O que se fez em Curitiba, nessa chamada República de Curitiba, com a Lava Jato, nós temos que fazer um escrutínio muito severo, porque se trata de algo extremamente grave”, destacou.