TV Globo – Uma mulher de 19 anos acusa um policial militar de abuso sexual após uma operação da corporação na comunidade do Complexo do Lins, zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a jovem, ela estava saindo de casa quando foi abordada pelo militar que, sozinho, armado, fardado e sem identificação, teria ameaçado e tirado fotos nuas dela. O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam).
“Começou a falar um monte de coisas. Que ele ia me matar, se eu contasse algo para alguém. Levantou a minha roupa, tirou foto minha pelada, passou a mão em mim. Me segurou na parede, machucou meus braços e continuou falando que se eu falasse para alguém, ele ia me matar. E ia postar as minhas fotos peladas, para todo mundo ver e saber o que tinha acontecido comigo ali”, contou a vítima em entrevista à TV Globo.
Na delegacia, a jovem foi encaminhada ao IML para realizar exame de corpo de delito e à Cidade da Polícia Civil para fazer o retrato falado do policial, mas, ao chegar na na Cidpol, descobriu que o serviço não é feito lá.
Ao “RJTV”, a mulher descreveu as características do PM e pediu justiça. “Ele era alto, pardo, tinha um nariz muito grande. Novo. Parecia ter uns 30, 30 e poucos. Tinha um sotaque meio estranho. Tava de uniforme, mas tava sem o nome. Quero justiça, só isso. Para ninguém passar o que passei”, disse a jovem.
A Delegacia da Mulher, no centro do Rio, disse que está investigando o caso e solicitou informações ao batalhão de polícia militar da área para tentar identificar o policial. Questionada, a Polícia Civil não deu explicações sobre a dificuldade na realização do retrato falado. A Polícia Militar se limitou a dizer que abriu um processo apuratório, e afirmou que a corregedoria irá acompanhar os desdobramentos.