Na semana passada, Lula teria sinalizado uma mudança de postura em relação a partidos aliados na Câmara dos Deputados. O Presidente planejava assumir ele mesmo a função de intermediador entre Planalto e Legislativo para cobrar mais apoio dos parlamentares, mas houve uma mudança nos planos.
Diante de um cenário desafiador no Congresso, onde já se somam duas grandes decepções, o Governo entendeu que é hora de agir. As alterações no Marco do Saneamento, propostas por Lula, e a tentativa de aprovação do PL das Fake News, vistos como dois testes importantes dessa relação inicial entre executivo e legislativo, não foram aprovados.
Por isso, reuniões com os líderes de PSD e PSB, aliados no congresso, foram marcadas para hoje (10), com a intenção de cobrar mais compromisso nas votações das pautas do governo. Rui costa, Ministro da Casa Civil, e Alexandre Padilha, Ministro das Relações Institucionais vão conduzir as reuniões, junto aos Ministros filiados de cada sigla.
Lula decidiu não participar dessas reuniões, uma vez que a presença dele significaria um enfraquecimento de Padilha, responsável por essa mediação entre Planalto e Congresso. O Presidente, inclusive, brincou com o Ministro na semana passada em evento no Itamaraty. “Eu espero que ele tenha a (mesma) capacidade de organizar, de articular, que ele teve no Conselho, dentro do Congresso Nacional. Aí vai facilitar muito a vida”, disse Lula, sinalizando confiança em Padilha.
O governo pretende também se reunir com lideranças do MDB e União Brasil, mas esses encontros ainda não tem data definida.