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Entenda o que é a máfia do futebol

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou no Twitter a instauração do inquérito na Polícia Federal sobre o esquema de fraude nas partidas estaduais, nacionais e internacionais de futebol. O anúncio da investigação foi feito na tarde desta quarta-feira (10), deflagrada pela Operação Penalidade Máxima. Será apurada a suspeita de manipulação nos […]

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Leo Realpe, Mauricio e Alef Manga - Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino, Ricardo Duarte/Internacional e Guilherme Griebeler/Coritiba

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou no Twitter a instauração do inquérito na Polícia Federal sobre o esquema de fraude nas partidas estaduais, nacionais e internacionais de futebol. O anúncio da investigação foi feito na tarde desta quarta-feira (10), deflagrada pela Operação Penalidade Máxima.

Será apurada a suspeita de manipulação nos resultados finais de jogos da série A e B do campeonato Brasileirão de, pelo menos, 13 jogos de 2022 e 2023. A quadrilha vai ser investigada por fraudar lances das partidas com o objetivo de lucrar com apostas esportivas.

Segundo o g1, O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) recebeu nesta terça-feira (9) a denúncia do Ministério Público (MP) contra 16 pessoas acusadas. O órgão já tornou réus sete jogadores e nove apostadores, intermediadores, financiadores e administrativos.

A principal infração entre os jogadores é o Artigo 41-C do Estatuto do Torcedor: solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. A pena é de multa e reclusão de dois a seis anos.

No documento enviado à Justiça, o MP relata 23 crimes ocorridos durante as partidas, nas quais os jogadores cometem faltas para receber cartões, bater pênaltis e escanteios, favorecendo o resultado positivo nas plataformas de apostas. Os pagamentos aos atletas chegavam até R$ 80 mil.

O site do GE publicou uma reportagem citando 15 atletas e os motivos pelos quais serão investigados. Veja a lista de nomes:

  • Eduardo Bauermann (zagueiro, Santos)
  • Gabriel Tota (meia, Ypiranga-RS)
  • Paulo Miranda (zagueiro, sem clube)
  • Igor Cariús (lateral-esquerdo, Sport)
  • Victor Ramos (zagueiro, Chapecoense)
  • Fernando Neto (volante, São Bernardo)
  • Matheus Gomes (goleiro, sem clube)
  • Romário (ex-Vila Nova)
  • Joseph (Tombense)
  • Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá)
  • Gabriel Domingos (Vila Nova)
  • Allan Godói (Sampaio Corrêa)
  • André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano)
  • Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã)
  • Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR)

O chefe do esquema, Bruno Lopez, denunciado pelo MP, teve sua prisão preventiva prorrogada, junto a outros dois operadores da organização criminosa. Os documentos das suas fases da operação Penalidade Máxima citam o nome de 53 jogadores brasileiros envolvidos na máfia do futebol e, até agora, nenhum foi preso.

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