Ranielly Coelho Santos, de 34 anos, foi internada no Hospital das Clínicas de Belo Horizonte para dar a luz a seu bebê. A mãe, por apresentar histórico de hipertensão arterial, teria o parto induzido, motivo pelo qual foi internada com 28 semanas de gestação. No entanto, um erro no procedimento custou a vida da criança.
A gestante foi internada dia 1º de maio e o parto teria ocorrido dois dias depois. Por ser um procedimento induzido antes do final da gestação, a obstetra responsável teve dificuldades para retirar a criança. Segundo a Ranielly, a abertura para passagem da criança ainda não era a ideal, o que fez com que a médica subisse em sua barriga e a pressionasse com força durante o procedimento.
O pai da criança e o irmão de Ranielly acompanharam tudo. Eles relataram que em dado momento do parto médicos e enfermeiros ficaram muito nervosos e correram em direção à mãe. Os dois também teriam se aproximado da gestante e disseram ter visto o bebê ainda com vida.
Ao acordar pós-sedação, a mãe do bebê foi comunicada que a criança não teria resistido ao parto, mas que mesmo assim veria seu filho. Quando a criança chegou todos perceberam que havia algo muito estranho. O bebê teve a cabeça arrancada e apresentava uma linha preta em volta do pescoço, indicando que a mesma foi costurada de volta ao corpo após o parto. Além disso a família notou diversos hematomas e ferimentos na criança.
Depois de um tempo, funcionários do Hospital levaram documentos para a família pedindo que confirmassem “que a necropsia já havia sido realizada no hospital” e que “o corpo [do bebê] não seria encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML)”. O serviço social do hospital ainda teria dito aos familiares que cobriria todos os custos do sepultamento.
A família fez uma denúncia à Polícia Civil de Minas Gerais, que trata o caso como homicídio. Até então, antes da realização da investigação, o único laudo produzido foi do Necrotério do próprio Hospital da Clínicas, que não confirma a decapitação da criança.