Aliados evangélicos de Bolsonaro nas redes permanecem em silêncio

Nesta quarta (10), faz uma semana da operação da Polícia Federal que investigava fraudes em cartões de vacinas, incluindo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Seis pessoas foram presas, todas elas tinham ligação com Jair.

O ex-presidente foi intimado a depor no mesmo dia, mas não acatou a decisão da PF, preferindo permanecer em silêncio. A recomendação veio do advogado, que o instruiu a não dar o depoimento, uma vez que a defesa de Bolsonaro não teve tempo de se preparar.

Jair sempre foi ativo nas redes sociais, assim como vários de seus apoiadores mais ferrenhos. Entre eles, alguns Pastores evangélicos já se posicionaram abertamente em defesa do ex-presidente em diversos momentos. No entanto, após a suspeita de falsificação de seu cartão de vacinação, nenhum desses aliados fez qualquer comentário na Internet.

André Valadão, pastor da Igreja Lagoinha, se destacou por ser um ferrenho defensor de Bolsonaro. Em 2022, teve o perfil suspenso por decisão judicial após compartilhar notícias falsas e estimular atos antidemocráticos depois da vitória do Presidente Lula, no segundo turno das eleições gerais.

Valadão, no entanto, não publicou nada em defesa de Jair Bolsonaro recentemente. Da mesma forma, Valdemiro Santiago, Pastor da Igreja Mundial do Poder de Deus, também não demonstrou nenhum apoio à situação atual do ex-presidente.

Valdemiro fez eventos de campanha para Bolsonaro em 2022 em seu templo que, inclusive, contaram com a presença do atual governador de São Paulo e também apoiador do ex-presidente, Tarcísio Freitas.

O “Eu amo você”, declarado pelo Pastor José Linhares em vídeo, hoje parece ter perdido a força. Linhares é pastor da vertente Getsêmani e possui em seu Instagram diversas postagens fixadas que fazem referência ao ex-presidente. No entanto, nenhuma declaração atual foi feita por ele.

A única exceção é Silas Malafaia. Talvez o mais ferrenho dos apoiadores do Presidente que pertence ao universo das Igrejas Evangélicas. Ele é o único que mantém a tese de que o ex-presidente é perseguido por Alexandre de Moraes, juiz do Supremo Tribunal Federal (STF).