A operação do Ministério Público resgatou 10 trabalhadores de uma colheita de café no Espírito Santo. O grupo de trabalhadores são de origem nordestina – de estados como Alagoas e Sergipe – e viviam em situação precária, sem acesso as condições básicas.
Eles fazem parte de um grupo de 28 trabalhadores que estavam em uma Fazenda no município de Vila Pavão (ES). Os contratantes prometeram salário alto, alojamento em boas condições, além de alimentação e passagens de ida e volta. Porém, os outros 18 trabalhadores voltaram para casa por conta própria.
É bom destacar que os trabalhadores perceberam que foram enganados quando perceberam as reais condições. Os empregadores aplicavam descontos indevidos, como tática para as vítimas não conseguirem sair do emprego.
Segundo as vítimas, o local não tinha cama, apenas colchão, e nem armários para guardar objetos pessoais. Também não havia chuveiros encanados ou água filtrada e insetos passavam pelos vãos dos dormitórios.
Os trabalhadores recebiam R$ 16 por cada saca de café colhida, cada uma teria que pesar 60 kg. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, completar uma saca de café é uma tarefa difícil e demorada, tanto que a maioria dos trabalhadores mal conseguia encher as três sacas por dia, como era ordenado pelos patrões.
Com isso, a maioria dos trabalhadores tinha um rendimento diário inferior a R$ 50. Além disso, eles iniciavam a colheita às 6 da manhã e trabalhavam até o final da tarde, sob sol forte e com alimentação estragada.