Na tarde desta terça-feira (9), o aplicativo Telegram disparou para seus usuários uma mensagem contra o Projeto de Lei 2630 (PL 2630/20), mais conhecido com PL das Fake News. A empresa citou o projeto como uma violação dos direitos humanos fundamentais e apontou que a lei daria poderes de censura ao governo.
Diversas entidades e pessoas ligadas ao governo manifestaram repúdio ao texto divulgado. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, postou através de seu Twitter que as medidas legais contra a plataforma seriam tomadas.
Em nota, as empresas Meta e Google se posicionaram contra a mensagem do Telegram. A empresa responsável pelo Facebook disse que “refuta o uso de seu nome pelo Telegram na referida mensagem, e nega as alegações no texto”. Já o Google afirmou que a empresa foi citada no texto sem autorização e não reconhece o conteúdo publicado. Vale lembrar que, no início do mês, ambas as companhias também se manifestaram publicamente contra a PL das Fake News.
No final da tarde desta terça-feira (9), o MPF-SP emitiu um ofício convocando o Telegram a prestar esclarecimentos sobre os disparos contra a PL das Fake News.
Leia trecho da mensagem do Telegram contra PL das Fake News
“O Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão. O PL 2630/2020 dá ao governo poderes de censura sem supervisão judicial prévia.
Para os direitos humanos fundamentais, esse projeto de lei é uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil.
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