Um levantamento feito pelo escritório Rosenthal Advogados Associados, baseado em dados abertos do Ibama, e divulgado pela Folha, revelou um aumento de 70% no combate ao garimpo ilegal nos quatro primeiros meses do governo Lula quando comparados com o mesmo período de 2022. Terra Indígena Yanomami apresentou queda ainda maior.
Segundo o relatório, entre janeiro e abril de 2022 – durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) – ocorreram 71 autuações contra garimpos ilegais. Já nos primeiros quatro meses deste ano, sob a gestão do governo Lula (PT), o número disparou para 121. Em comparação com o mesmo período de 2021, o percentual sobe ainda mais: 188%.
De acordo com a Polícia Federal, a queda foi ainda maior na Terra Indígena Yanomami. Dados divulgados na última sexta-feira pela instituição apontam uma redução de 96,6% nos alertas de garimpo ilegal, quando comparados os meses de abril deste ano com do ano passado – os números caíram de 444 para 18. O levantamento foi feito com base em imagens de satélite.
O aumento pode ter relação direta com a mudança de comando na pasta do Meio Ambiente. Durante a gestão do ex-ministro Ricardo Salles, abertamente favorável ao garimpo, fiscalizações e ações caíram e chegaram a ser suspensas em determinadas regiões do país.