O Hospital das Clínicas da UFMG afirmou que a bebê decapitada durante o parto tinha uma malformação pulmonar incompatível com a vida. No entanto, a família nega ter recebido essa informação da unidade. O caso está sendo investigado internamente e pela Polícia Civil, que está apurando a possibilidade de homicídio culposo.
Após a morte da bebê no Hospital das Clínicas, a mãe, uma mulher de 34 anos, registrou um boletim de ocorrência. De acordo com o registro, a gestante estava com 28 semanas e apresentou pressão alta, sendo internada na unidade de saúde onde foi submetida a um parto induzido.
Durante o parto, o pai da criança e a mãe da gestante estavam presentes. O pai relatou à polícia que viu o rosto da filha e notou que ela mexia a boca e os olhos, porém, momentos depois, ele percebeu que a médica havia arrancado a cabeça da criança.
Na noite desta segunda-feira (8), o hospital, que é gerido pela Ebserh, atualizou seu posicionamento sobre o caso. Segundo a administração da unidade, o parto foi prematuro, ocorrendo com apenas 30 semanas de gestação, e a mãe teve complicações, incluindo elevação da pressão arterial e edema generalizado.
De acordo com o Tempo, o hospital deu a seguinte nota: “Devido à gravidade do quadro materno e à inviabilidade fetal -incapacidade do feto de sobreviver fora do útero-, o corpo médico optou pela indução do parto”, prosseguiu. O hospital também diz que “se solidariza com a família” e que segue “à disposição dos parentes e das autoridades”.
A família da bebê foi contatada pela equipe do jornal e afirmou que não recebeu essa informação do hospital. Segundo Aryane Santos, tia da criança de 32 anos, foi dito à família que a bebê tinha três cistos no pulmão, e que seriam drenados assim que ela nascesse, com cirurgia posterior.
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