Menu

Alemão neonazista é condenado a três anos de prisão por defender “guerra racial”

Publicado em 08/05/2023 RFI — Um simpatizante alemão da rede neonazista americana “Atomwaffen Division” foi condenado nesta segunda-feira (8), em Frankfurt, a três anos e dez meses de prisão por planejar ataques destinados a desencadear “uma guerra racial”. A condenação é pronunciada no mesmo dia em que a Europa comemora o fim da Segunda Guerra […]

4 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
Ina Fassbender/AFP/ Direitos Reservados

Publicado em 08/05/2023

RFI — Um simpatizante alemão da rede neonazista americana “Atomwaffen Division” foi condenado nesta segunda-feira (8), em Frankfurt, a três anos e dez meses de prisão por planejar ataques destinados a desencadear “uma guerra racial”. A condenação é pronunciada no mesmo dia em que a Europa comemora o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrocada do nazismo, em 1945.

Marvin E., 21 anos, foi condenado pelo Tribunal Regional de Frankfurt por “tentativa de criar um grupo terrorista” e “preparar um grave ato de violência que ameaça o Estado”.

Em 2021, ele tentou fundar na região de Hesse (centro) uma ramificação do grupo “Atomwaffen Division” (divisão de armas atômicas), conhecido por sua ideologia racista e antissemita. O acusado também planejou realizar ataques com explosivos e armas de fogo contra funcionários do Estado, incluindo políticos, judeus e imigrantes.

De acordo com a Promotoria, o objetivo do réu era provocar uma “guerra civil de raças” nos próximos três anos, visando “preservar a população branca”.

Marvin foi preso em setembro de 2021, após tentar obter armas. A polícia encontrou em sua casa componentes necessários para a fabricação de explosivos e bolas de aço, destinados a causar o maior número de vítimas possível. Ele admitiu os fatos durante o julgamento e indicou que não tinha intenção de apelar da condenação.

A rede neonazista “Atomwaffen Division” é formada por jovens. A organização foi criada em 2013, nos Estados Unidos, e ficou conhecida principalmente por meio de campanhas de recrutamento nos campus das universidades. Nos Estados Unidos, vários membros do grupo ultrarradical de direita foram presos por ameaçar jornalistas e ativistas antirracistas e antissemitas.

Ameaça número 1

Grupos suspeitos de preparar ataques xenofóbicos ou antissemitas são frequentemente desmantelados na Alemanha. As autoridades fizeram da violência de extrema direita a ameaça número um à ordem pública no país, à frente do risco jihadista.

Em dezembro, as autoridades anunciaram que haviam desarticulado um grupo conspiracionista pronto para derrubar as instituições e atacar o Bundestag – o Parlamento alemão –, reivindicando a ideologia do “Reichsbürger” (“Cidadãos do Reich”) em oposição aos valores democráticos.

O assassinato do político Walter Lübck, em junho de 2019, morto por um militante neonazista, chocou profundamente o país. Lübcke era do mesmo partido conservador (CDU) que defendia a política de acolhimento de migrantes da então chanceler Angela Merkel.

De acordo com a Agência Federal de Inteligência Interna (BfV), a Alemanha tinha cerca de 33.900 apoiadores do extremismo de direita em 2021, em comparação com 33.300 em 2020. Entre eles, as autoridades estimam em 13.500 o número de pessoas consideradas potencialmente violentas.

Com informações da AFP

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Caronte

11/05/2023 - 12h00

Coitado do rapaz…virou o bode da sala…enquanto isso, israelenses com a anuência do resto do mundo dizimam palestinos, os sírios são triturados, os negros, bem, os negros são trucidados em qualquer lugar, desde a Penha até o Sudão…o garoto foi condenado por defender “guerra racial”, mas deveria ter sido acusado de plágio, a ONU, EUA e Europa já propagam este conceito há anos…

Não custa lembrar que o judeus só foram resgatados no finzinho da guerra, e os negros nos EUA só puderam votar na década de 60…

Arf.

EdsonLuíz.

08/05/2023 - 15h09

Podiam condenar este nazista a combater os nazistas russos que estão dizimando a Ucrânia e seu presidente judeu, o corajoso Volodimir Zelenski. E o corajoso Zelenski não é um judeu convertido não: sua família é judia de origem e Zelenski teve tios torturados pelo nazismo por serem judeus, um dos quais foi assassinado.

Os nazistas de Putin sequer se escondem: formam uma milícia, batizam a milícia com o nome “WAGNER” (imagina:: “WAGNER”), e vão para um país cujo presidente é um judeu chamado Zelenski para submeter este país novamente.

A Ucrânia, os ucranianos, depois da experiência de serem submetidos pela ditadura da Rússia por décadas e décadas, hoje preferem morrer e ter seu país covardemente destroçado — Edifícios, Hospitais, Creches, Maternidades, Usinas de Energia, tudo. E com uso até de bomba de fósforo branco!) do que ficar sob o julgo de uma ditadura!

    Caronte

    11/05/2023 - 12h03

    Tadinho do zelensky, ganhando uma prata gorda para dar golpe de estado (2014), trucidar os pró-russos (boa parte da ucrânia), e agora para servir de bucha dos EUA e da Europa…sabe-se agora que o nordstream 2 foi explodido pelos EUA (de acordo com o NYT) para alterar o mercado de gás na região e exaurir economicamente a Rússia…

    E o edson achando que há mocinhos e bandidos…ai meu zeus…

brasileiro

08/05/2023 - 14h01

Enquanto isso, na Ucrânia, os nazistas russofóbicos…


Leia mais

Recentes

Recentes