Agência Brasil – O consumo das famílias brasileiras aumentou em 7% no mês de março, em relação a fevereiro, mais de 5% na comparação com março do ano passado. Já no primeiro trimestre deste ano, o gasto dos lares do país no supermercado foi 2% maior do que no mesmo período de 2022. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pela Abras, Associação Brasileira de Supermercados.
Para o vice-presidente da Abras, Márcio Milan, o aumento dos gastos no varejo durante o primeiro trimestre está relacionado com a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, que ultrapassa R$ 40 bilhões pagos às famílias mais pobres; o reajuste do salário mínimo em 7,5%, a partir de janeiro, e outros benefícios que injetaram recursos na economia familiar, como auxílio gás, reajustes das bolsas de educação e ainda o pagamento de R$150 por criança carente de até 6 anos de idade.
O preço da cesta dos 35 produtos mais consumidos registrou pequena queda em março – em média R$ 5 mais barata que em fevereiro. As maiores quedas de preço foram dos produtos hortifruti, como a batata e o tomate, entre 10% e 12% mais baratos. Também o preço das carnes e do frango registrou em média 3% a menos. O que não baixou de preço, e ainda aumentou no trimestre, foram os ovos e a farinha de mandioca.
Márcio Milan acredita que o consumo das famílias vai crescer ainda mais nos próximos meses. Isso porque, conforme lembra o dirigente, a economia vai receber recursos adicionais a partir de maio. Ele cita o pagamento do salário dos servidores civis do Executivo com aumento de quase 8%, mais um adicional de R$ 200 de auxílio alimentação, o novo reajuste do salário mínimo, e ainda a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda.