Em uma semana, região de Terras Yanomami soma 14 mortes. Isso porque, neste sábado (6), uma mulher ainda não identificada foi encontrada morta, com sinais de violência sexual e enforcamento segundo o IML. Somados à essa morte, outros 12 garimpeiros e 1 indígena vieram a óbito.
O corpo ainda não identificado estava próximo à uma área onde 8 garimpeiros já tinham sido mortos essa semana, na comunidade do Uxiu – território com forte presença do garimpo. Os investigadores do caso suspeitam que a mulher trabalhasse para os garimpeiros e teria sido morta junto com eles.
Segundo apuração do G1 junto ao IML, a mulher seria venezuelana, e seu marido e filhos, também garimpeiros, estariam entre os mortos. Todos estavam na região há dois anos.
Ainda não se sabe ao certo a identidade de todas as vítimas, uma vez que a PF não liberou acesso aos nomes e o IML não pode informá-los à imprensa.
Rastro de sangue
No último sábado (29), garimpeiros armados invadiram a comunidade Uxiu e abriram fogo, ferindo 3 indígenas e deixando um morto. Logo depois, em outra região, houve troca de tiros intensa entre garimpeiros, agentes da PF e do IBAMA. Quatro garimpeiros morreram, entre eles o integrante de facção Sandro de Moraes Carvalho, de 29 anos – apontado como um dos chefes de área de garimpo comandada pelo grupo criminoso na Terra Yanomami.
Na segunda (1), mais oito corpos foram encontrados na comunidade Uxiu, local em que o agente de saúde indígena Ilson Xiriana, de 36 anos, morreu no sábado.