Na manhã desta quinta-feira (04),a jornalista Miriam Leitão, da Globo News, revelou ao vivo o teor de uma conversa que teve com o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Joseli Parente Camelo.
Na conversa ela afirma que a cúpula das forças armadas não aderiram integralmente às teses golpistas do então presidente Jair Bolsonaro.
Usemos a lógica! Logo, a cúpula das forças armadas endossou as escaramuças golpistas de Jair Bolsonaro de forma parcial?
A fala da jornalista dá a entender a cúpula se sentiu tentada a parte das teses golpistas.
E onde está o presidente do STM, que aparentemente sabe quem foram os “simpatizantes” do suposto golpe? Não era caso de levá-los a julgamento? Afastá-los da força?Se realmente o que a jornalista revelou é verdadeiro, o presidente do tribunal militar prevaricou ao não investigar tais episódios e seus simpatizantes.
Por outro lado, é impossível não suspeitar que o militar esteja ajudando a disseminar a tese enganosa de que haveriam militares legalistas e que devemos a nossa democracia a eles. Ou seja, mais uma vez a democracia tutelada por militares, o que por si só é um absurdo.
Infelizmente é triste ter que constatar que essa é uma tese que encontra simpatia no governo federal, principalmente por Lula e seus ministro da defesa, José Múcio.
De qualquer forma, é um escândalo que merece a apuração da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que foi instalada no Congresso Nacional e em breve iniciará seus trabalhos.
É preciso apurar quem foram aqueles que endossaram a delinquência de Jair Bolsonaro.
Levando em consideração que o alto comando das forças armadas de 2022 é o mesmo de 2023, com base nas afirmações do presidente do STM, é possível afirmar seguramente que parte da cúpula militar é sim golpista.