O telefone de uma das filhas do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, aparece parte do esquema de adulteração de cartões de vacinação da família Bolsonaro. Uma representação policial atesta isso e foi enviada pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal durante as investigações sobre o esquema criminoso, revela o jornalista Leandro Demori.
De acordo com a PF, a conta oficial de Jair Bolsonaro no sistema Gov.br era gerenciada por Mauro Cid e por outro assessor. O e-mail usado para acessar o sistema de Bolsonaro no ConectSUS e gerar certificados de vacinação fantasma era esse: danmarcamara70@gmail.com.
Segundo a PF, o e-mail pertenceria não a Mauro Cid, mas a Marcelo Costa Câmara, então Assessor Especial do Presidente da República nomeado em 27/12/2022 para exercer o cargo de Assessor de ex-Presidente da República. Câmara acompanhou Bolsonaro em sua estadia em Orlando, nos EUA.
No entanto, o e-mail de Marcelo está ligado a um número de celular que aparece mais adiante na investigação, o de Beatriz Cid, filha do braço direito de Bolsonaro – e também beneficiada pelo esquema de vacinas fantasmas.
Se pegarmos o e-mail que era usado para manusear a conta Gov.br de Bolsonaro e dissermos ao Google que esquecemos a nossa senha, ele nos pedirá para inserirmos nosso número de celular. O celular cadastrado por lá para a recuperação de senha do email de Marcelo Costa Câmara é aquele usado por Beatriz Cid.