Segundo uma fonte que estava presente na Câmara e faz parte da base governista, o adiamento da votação do projeto de lei 2630 (PL das Fake News), a votação caiu por uma série de motivos:
Um dos problemas, na visão dele, foi o fato do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) ter abraçado para si a relatoria do texto, o que fez com que (na visão dessa fonte), o deputado realizasse “alterações aleatórias” o que fez com que a indefinição sobre a agência reguladora gerasse desconforto entre os deputados, por fim, criticou o “engajamento tardio”, do govenro que se engajou na discussão apenas na reta final.
A fonte também falou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) se encontra numa situação delicada e que o adiamento foi um gesto de inteligência já que, nas palavras dele, “pautar pra perder é jogar fora uma ótima oportunidade”.
Na avaliação de uma fonte próxima de um deputado da base governo, outro problema que acabou culminando no adiamento da votação é bem anterior ao debate sobre o PL.
Segundo ele “alguém foi lá e teve a brilhante ideia de apoiar o bloco do MDB” (aquele de 142 deputados), na avaliação dele, isso acabou enfraquecendo Arthur Lira, na visão dessa fonte Lira é “o cara que dorme 4 horas por dia. Acorda cedo, estuda, lê as notícias e vai articular.”
Outra teoria que alguns aventam no Congresso é de que o adiamento, embora tenha partido de um pedido dos líderes, foi acatado pelo presidente da casa como uma espécie de demonstração de insatisfação com os trabalhos do Ministro Alexandre Padilha, que cuida das relações intitucionais.
Ainda na Manhã desta terça-feira (02), notas na imprensa com fontes sob anonimato e declarações do próprio Lira, deixavam claro a sua insatisfação com o Ministro.
O que se sabe até o momento é que durante a tarde era consenso entre os líderes da base que o PL 2630 seria votado hoje. Muitos dos que defendiam a votação de tarde, agora de noite defenderam o adiamento da votação. Algo aconteceu, parece que Lira não teve mais certeza da vitória. E por isso a votação caiu.