Ministro do STF, porém, aceitou a denúncia contra detidos na Esplanada
Publicado em 02/05/2023 – 21:52
Por André Richter – Repórter da Agência Brasil – Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça votou hoje (2) contra o recebimento de denúncia para tornar réus 100 investigados que foram presos no acampamento montando em frente ao quartel do Exército, em Brasília, um dia após os atos golpistas de 8 de janeiro.
No voto proferido, Mendonça disse que a situação dos investigados que foram presos no quartel é diferente do caso dos denunciados que estavam na Praça dos Três Poderes no dia dos atos.
“Em verdade, referem-se apenas às pessoas detidas no dia seguinte no acampamento, em momento pacífico. E não se pode desconsiderar que, mesmo discordando do que havia ocorrido no dia anterior, a forma como ocorreram suas prisões evidencia que muitas das pessoas não dispunham de meio de transporte próprio ou fácil para de lá saírem imediatamente e assim se desmobilizarem e regressarem às suas cidades de origem”, decidiu o ministro.
O voto do ministro foi proferido no julgamento virtual no qual a Corte julga o recebimento de 200 denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra investigados pelos atos. Na modalidade virtual, os ministros depositam os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. O julgamento termina às 23h59.
Em relação a 100 investigados que estavam na Praça dos Três Poderes, contudo, André Mendonça votou pelo recebimento das denúncias. “Independentemente da posse ou não de objetos voltados à prática de atos de depredação e enfrentamento, a presença dos denunciados no Palácio [do Planalto], local de acesso restrito, justamente naquele momento, constitui indício suficiente para o recebimento das iniciais e aprofundamento, sob o crivo do contraditório, da colheita de provas para elucidação dos fatos”, concluiu.
O voto de Mendonça, no entanto, não será o suficiente para mudar o resultado, já consolidado. Na semana passada, o STF formou maioria de 6 a 0 para receber denúncia contra todos os 200 acusados.
Após o fim do julgamento, os acusados passarão a responder a uma ação penal e se tornam réus em um processo. Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, vai analisar a manutenção da prisão dos acusados que ainda permanecem detidos.
Edição: Marcelo Brandão
Edu
03/05/2023 - 08h55
Depois, reclamam das indicações do PT… hahahahahaha a vagabundagem CAOLHA é tão hipócrita que doe no cabelo.
MendONCINHA mansa e Kadelinha NUNCA votarão contra o BOZO.
Paulo
02/05/2023 - 23h20
Os acampamentos em frente aos quartéis, do ponto de vista jurídico, segundo entendo, são mais de responsabilidade dos militares do que dos tolos que ali acamparam. Já a invasão do 8 de janeiro demonstra conduta mais exacerbada, voltada para a prática potencial de ilicitudes, ainda que não a tenham planejado, todos os consortes que ali acorreram. Ou seja, ainda que tenham sido conduzidos pelos organizadores, têm responsabilidade penal. Nesse ponto, AM está certo…