O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, também fez duras críticas contra a plataforma Google por fazer campanha contra a PL das Fake News.
“É aceitável que uma empresa que controla 96% das buscas no Brasil utilize sua plataforma para defender seus próprios interesses de forma unilateral?”, questiona.
“Imaginem o escândalo que seria se o governo usasse suas bases de dados da Saúde ou do Bolsa Família para defender sua posição”, prosseguiu.
“É acertada a postura do Ministro Flávio Dino ao acionar o Secretário Nacional de Defesa do Consumidor, Wadih Damous, para apurar possíveis práticas abusivas cometidas pelas empresas que estão usando suas plataformas para atacar abertamente o PL 2630”, completou.
Mais cedo, o senador e líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou que vai acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar e multar o Google por fazer campanha contra o projeto de lei.
“Solicitarei ao CADE, cautelarmente, a remoção do conteúdo, abstenção de reiteração de práticas análogas e fixação de multa no valor máximo de 20% do faturamento bruto, além do bloqueio cautelar nas contas bancárias do Google”, escreveu Randolfe pelo Twitter.
Vale lembrar que na página inicial de buscas, o Google colocou um link com a seguinte mensagem:
“O PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. Ao clicar, o usuário é direcionado para uma nota do próprio Google com críticas ao projeto relatado pelo deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).